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Lucro da CCR cai 20,7% com queda no tráfego e dívida

De abril a junho, o lucro da concessionária somou 145,7 milhões de reais


	CCR: de abril a junho, o lucro da concessionária somou 145,7 milhões de reais
 (Wikimedia Commons)

CCR: de abril a junho, o lucro da concessionária somou 145,7 milhões de reais (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 19h39.

São Paulo - A CCR viu seu lucro líquido do segundo trimestre cair 20,7 por cento sobre um ano antes, refletindo queda no tráfego das rodovias administradas pela companhia e maior custo de serviço da dívida.

De abril a junho, o lucro da concessionária somou 145,7 milhões de reais. O tráfego nas rodovias da CCR foi 2,6 por cento menor do que em igual etapa de 2015.

Operacionalmente, a companhia obteve um avanço anual de 13,6 por cento no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), para 960,2 milhões de reais, refletindo em parte maior controle de custos. E a margem Ebitda ajustada subiu 0,7 ponto percentual, para 60 por cento.

Mas o aumento do custo médio da dívida, reflexo de uma Selic média mais alta, num momento de consumo intenso de recursos para investimentos em concessões como o Metrô Bahia, o BH Airport e a MSVia pesaram na última linha.

Segundo o gerente de relações com investidores da CCR, Marcus Macedo, os custos financeiros mais elevados devem ser compensados em parte na segunda metade do ano por maiores receitas desses projetos.

No trimestre, a CCR investiu o equivalente a 1,2 bilhão de reais. O plano de investir 5,8 bilhões de reais em 2016 está mantido e mais da 50 por cento desse montante deve ser consumido na segunda metade do ano.

"O segundo semestre deve ter cronograma de investimentos mais pesado por razões sazonais", disse Macedo à Reuters.

A receita líquida da companhia no trimestre subiu 12,3 por cento sobre um ano antes, para 1,6 bilhão de reais.

Segundo o executivo, dados mais recentes de atividade nas rodovias mostram uma estabilização do tráfego, em parte devido a maior movimento de veículos comerciais envolvidos com exportação e o agronegócio.

"Talvez ainda seja cedo para dizer que se trata de uma tendência, mas não temos visto uma deterioração adicional do tráfego", disse o executivo.

De acordo com Macedo, a CCR tem interesse em participar nos leilões dos aeroportos de Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), que o governo federal tem sinalizado que vai licitar. "Vamos olhar tudo", disse.

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