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Lucro da AB InBev cai a US$ 844 mi, pressionado por Brasil

Multinacional de bebidas atribuiu lucro menor a câmbio desfavorável, custos extraordinários e fraca operação no Brasil


	Fábrica da AB InBev: empresa não especificou a queda no Brasil, mas diretor disse esperar que este seja um fenômeno de curto prazo.
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Fábrica da AB InBev: empresa não especificou a queda no Brasil, mas diretor disse esperar que este seja um fenômeno de curto prazo. (.)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 06h28.

Bruxelas - A Anheuser-Busch InBev (AB InBev) anunciou hoje que teve lucro líquido de US$ 844 milhões no primeiro trimestre do ano, significativamente menor que o ganho de US$ 2,3 bilhões obtido em igual período de 2015.

A multinacional de bebidas e cervejas atribuiu o lucro menor a oscilações cambiais desfavoráveis, a custos financeiros extraordinários e à fraca operação no Brasil.

Na mesma comparação, a receita da AB InBev caiu para US$ 9,4 bilhões, de US$ 10,45 bilhões um ano antes, vindo abaixo da previsão dos analistas, de US$ 10,04 bilhões.

Por volta das 4h25 (de Brasília), as ações da AB InBev caíam cerca de 2,9% na Bolsa de Bruxelas.

No Brasil, a AB InBev perdeu participação de mercado no trimestre e registrou queda de 10% no volume de cerveja, em meio à piora do ambiente econômico em relação ao ano passado.

"O Brasil enfrentou um de seus trimestres mais desafiadores em muitos anos", comentou o diretor financeiro da AB InBev, Felipe Dutra, durante teleconferência.

Dutra não especificou a perda de participação no Brasil, mas disse esperar que esse seja um fenômeno de curto prazo.

Dutra comentou também que o fato de o Carnaval ter sido mais cedo este ano e ajustes de preços feitos para compensar aumentos de impostos estaduais e federais contribuíram para o fraco desempenho da AB InBev no Brasil.

Apesar do primeiro trimestre fraco, a empresa ainda espera que a receita no Brasil cresça este ano.

A AB InBev informou ainda que planeja concluir a aquisição da concorrente SABMiller, num negócio avaliado em US$ 108 bilhões, no segundo semestre do ano. Se bem-sucedida, a fusão criará a maior cervejaria do mundo.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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