Bradesco Seguros (Divulgação/EXAME.com/Site Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de novembro de 2017 às 09h58.
São Paulo - O Bradesco fecha nesta quarta-feira, 1º, a temporada de balanços dos grandes bancos privados ao anunciar lucro líquido ajustado de R$ 4,810 bilhões no terceiro trimestre, expansão de 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 4,462 bilhões. Na comparação com os três meses imediatamente anteriores, de R$ 4,704 bilhões, foi identificada alta de 2,3%.
Os resultados do Bradesco no terceiro trimestre ante um ano refletiram, conforme explica o banco, em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, a queda dos gastos com calotes, de 33,4% em um ano, em meio à melhora da inadimplência, maiores receitas de serviços e ainda menores despesas administrativas e de pessoal.
A carteira de crédito total do Bradesco foi a R$ 486,864 bilhões ao final de setembro, redução de 1,4% em relação a junho, de R$ 493,566 bilhões. Na comparação anual, quando os empréstimos estavam em R$ 521,771 bilhões, foi identificada queda ainda maior, de 6,7%.
O destaque no período foi a carteira de crédito voltada à pessoa física que apresentou leve aumento de 0,1% no trimestre e de 0,7% em um ano, totalizando R$ 172,207 bilhões. Já os empréstimos para pessoa jurídica encolheram 2,1% e 10,3%, nesta ordem, para R$ 314,657 bilhões.
Os ativos totais do Bradesco somaram R$ 1,312 trilhão no terceiro trimestre, alta de 1,6% em relação os três meses imediatamente anteriores, de R$ 1,291 trilhão. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2016, quando totalizavam R$ 1,270 trilhão, houve expansão de 3,3%.
O Bradesco encerrou o terceiro trimestre com patrimônio líquido de R$ 110,301 bilhões, aumento de 11,9% em 12 meses e de 3,3% na comparação com os três meses anteriores. O retorno anualizado do banco sobre o patrimônio líquido médio (ROE) ficou em 18,1% no terceiro trimestre ante 18,2% no segundo e 17,6% no terceiro trimestre de 2016.
No critério contábil, o lucro líquido do Bradesco no terceiro trimestre foi de R$ 2,884 bilhões, montante 10,9% menor ante idêntico intervalo de 2016, de R$ 3,236 bilhões. Já na comparação com o segundo trimestre deste ano, que somou de R$ 3,911 bilhões, o declínio foi ainda maior, de 26,3%.
As principais diferenças entre o lucro líquido ajustado e o contábil, conforme explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, foram gastos da ordem de R$ 1,262 bilhão com o primeiro plano de demissão voluntária do Bradesco realizado no terceiro trimestre. O banco registrou ainda R$ 583 milhões de ágio por conta da aquisição do HSBC, dentre outros motivos.
O lucro líquido ajustado do Bradesco no terceiro trimestre deste ano, de R$ 4,810 bilhões, veio em linha com as projeções do mercado. A média de oito casas consultadas pelo Broadcast (Deutsche Bank, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, Morgan Stanley, UBS e duas casas que preferiram não ser mencionadas) apontavam para cifra de R$ 4,696 bilhões.
Com o resultado do terceiro trimestre, o Bradesco teve expansão de 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 4,462 bilhões. Na comparação com o lucro líquido ajustado obtido nos três meses imediatamente anteriores, de R$ 4,704 bilhões, foi alta de 2,3%.
O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.