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Louis Vuitton pode vender participação na Hermès

Depois de conseguir mais de 20% das ações da concorrente, grife não descarta a possibilidade de sair da companhia

EXAME.com (EXAME.com)

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Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 3 de junho de 2013 às 10h38.

São Paulo - A Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH), maior grupo de artigos de luxo do mundo e dona de marcas como Givenchy, Fendi, Guerlain e Moët & Chandon, pode vender a participação de 22,3% que possui na Hermès - uma de suas principais rivais no mercado de luxo.

De acordo com informações do Wall Street Journal, existe a possibilidade de a empresa se desfazer das ações, "mas detalhes do que temos em mente, nós não vamos dar", afirmou Pierre Godé, vice-presidente da LVMH, ao jornal americano.  

A compra das ações da Hermès pela LVMH está sendo analisada pela Autorité des Marchés Financiers (AMF), órgão que fiscaliza o mercado na França, o que justificaria o desinteresse no negócio agora.

Segundo o WSJ, a AMF descobriu que boa parte das ações adquiridas pela LVMH foi comprada diretamente de Nicolas Puech, descendente da quinta geração da família Hermès.

Em outubro de 2010, a LVMH comprou 17% das ações da Hermès sem dar muito alarde. A grife investiu 1,4 bilhão de euros na aquisição e justificou o negócio como uma participação estratégica em uma das “joias” da indústria de luxo no mundo. Em meados de 2011, a participação cresceu para mais de 22%.

Na ocasião, diante do avanço gradual da LVMH sobre a empresa, mais de 100 membros da família Hermès criaram a H51, holding que agrupa sob um único guarda-chuva os interesses de todos os acionistas.

A holding da família Hermès detém 50,2% da companhia e garante, até 2031, aos acionistas envolvidos a preferência pela compra das ações, caso alguém tenha a intenção de se desfazer delas.  Apenas Puech, que hoje detém 6% de participação, ficou fora da jogada.

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