Negócios

Louis Dreyfus compra empresa de fertilizantes no Brasil

Aquisição da Macrofértil faz parte dos planos da empresa francesa de conquistar 10% do mercado brasileiro do setor

A Macrofértil possui instalações em seis estados (Rogério Montenegro/EXAME)

A Macrofértil possui instalações em seis estados (Rogério Montenegro/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 12h49.

São Paulo - A trading e processadora de commodities Louis Dreyfus adquiriu a produtora e distribuidora de fertilizantes brasileira Macrofértil, por valor não revelado, de acordo com nota divulgada pela companhia nesta terça-feira.

Com isso, a companhia francesa, que atua na comercialização de fertilizantes no Brasil desde 2008, passa agora também a controlar operações industriais no segmento.

Na semana passada, o vice-presidente de operações da Dreyfus para a região chamada North Latam, que inclui o Brasil, Adrian Isman, havia dito à Reuters que a companhia queria crescer em fertilizantes no Brasil e que poderia fechar a compra de alguma companhia local em breve.

Com a aquisição da Macrofértil, a Louis Dreyfus Commodities (LDC) vai controlar oito plantas industriais para preparação de fertilizantes no Brasil.

Segundo a nota, a Macrofértil possui instalações no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

"Avançar nesse mercado tem um papel estratégico no nosso modelo de negócio, com um maior ganho em escala de comercialização e aumento da capacidade de originação, mediante alavancagem das operações de barter (troca), como a soja, que consome cerca de 30 por cento dos fertilizantes comercializados no Brasil", disse Javier Britez, diretor de Fertilizantes da LDC, no comunicado.

Segundo a Dreyfus, a Macrofértil tem capacidade de processamento de 1,8 milhão de toneladas de fertilizantes/ano. O objetivo da LDC para o segmento de fertilizantes é chegar a uma distribuição de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas por ano e conquistar cerca de 10 por cento do mercado.

"O cenário do mercado de commodities agrícolas e as previsões para médio-prazo permitem entender que os retornos são promissores. Nos nossos planos de curto e médio-prazo, devemos expandir também nossas operações para os Estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e a região do MAPITO (Maranhão, Piauí e Tocantins)", acrescentou Britez.

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