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Lopes mira aquisições para crescer em imóveis usados

Empresa tem planos de intensificar as compras nesse segmento em 2012

A Lopes teve mais de 20% da receita líquida do ano passado proveniente das vendas de usados (Germano Lüders/EXAME)

A Lopes teve mais de 20% da receita líquida do ano passado proveniente das vendas de usados (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2012 às 11h29.

São Paulo - A Lopes Brasil espera avançar no mercado de imóveis secundários, com planos de intensificar as aquisições nesse segmento em 2012, após ter mais de 20 por cento da receita líquida do ano passado proveniente das vendas de usados.

"Planejamos crescer nos usados em 2012", disse o vice-presidente financeiro da Lopes, Marcello Leone, em teleconferência com jornalistas nesta quarta-feira. "(Os imóveis) usados são o grande mercado para crescimento... ainda temos um enorme caminho a percorrer e uma enorme oportunidade de crescimento".

Segundo ele, a empresa deve manter o foco em aquisições nas regiões Sul e Sudeste do país, além do Distrito Federal.

"Esperamos pelo menos repetir a performance dos anos anteriores em aquisições", afirmou o executivo, acrescentando que o plano de crescer no segmento secundário também contempla a abertura de novas lojas no país.

Desde julho de 2010, a Lopes adquiriu 18 empresas, sendo oito no ano passado e três nos primeiros meses deste ano. Os movimentos mais recentes envolveram justamente companhias voltadas ao mercado de usados.

Nesta quarta-feira, o maior grupo imobiliário do país divulgou um aumento de 20 por cento na receita líquida do quarto trimestre e de 28 por cento na de 2011, atingindo 130,3 milhões e 432,4 milhões de reais, respectivamente.

A receita foi impulsionada pelo salto de 16 por cento nas vendas contratadas tanto nos últimos três meses de 2011, quando totalizaram 5,5 bilhões de reais, quanto no ano como um todo, para 18,2 bilhões, sendo que o mercado secundário representou quase 22 por cento das vendas, levando a Lopes a ocupar a liderança do segmento no país.

De acordo com Leone, a concentração de 39 por cento dos lançamentos do ano no quarto trimestre contribuiu para o resultado positivo. "Grande parte do crescimento veio no quarto trimestre, por questões sazonais... muitas vendas ainda ficarão para 2012", disse.

A Lopes fechou o quarto trimestre com lucro líquido, atribuível a acionistas da controladora, 32 por cento maior, a 56,7 milhões de reais, enquanto no fechado de 2011 o lucro foi 31 por cento maior, somando 142,6 milhões de reais.

De outubro a dezembro, a companhia apurou geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), de 55,3 milhões de reais, alta de 17 por cento ano a ano, com a margem caindo de 43,8 para 42,5 por cento.


Sem considerar a participação dos acionistas minoritários, o lucro líquido no ano passado foi de 150,6 milhões de reais, alta de 14 por cento ante 2010.

Em 2011 como um todo o Ebitda cresceu 10 por cento, a 165,1 milhões, e a margem ficou em 38,2 por cento.

Em contrapartida, a Lopes registrou um aumento de 11 por cento nas despesas operacionais entre o terceiro e o quarto trimestres, para 75 milhões de reais, impactadas principalmente por custos de empresas adquiridas. Para 2012, a companhia estabeleceu a meta de 260 milhões de reais em despesas operacionais.

A unidade de crédito imobiliário da empresa, a CrediPronto!, financiou 1,3 bilhão de reais ao longo de 2011, mais que o dobro do volume apurado no ano anterior.

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