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Lojas da Swift serão abastecidas com energia gerada a partir do metano. Entenda

Em parceria com a Âmbar Energia, projeto da JBS terá início no Estado de São Paulo, com 10 lojas

Loja da Swift: ao todo, dez estabelecimentos da marca no estado de SP serão abastecidos pelo biogás (Swift/Divulgação)

Loja da Swift: ao todo, dez estabelecimentos da marca no estado de SP serão abastecidos pelo biogás (Swift/Divulgação)

EXAME Solutions
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Publicado em 9 de agosto de 2023 às 17h34.

Última atualização em 9 de agosto de 2023 às 17h56.

Uma das maiores empresas de alimentos do mundo, a JBS anunciou que passará a abastecer lojas da Swift com energia elétrica produzida por geradores a biogás, um combustível limpo que vem ganhando espaço no contexto da transição energética global para uma matriz de baixo carbono.

Como funciona o sistema

Os biodigestores instalados em operações industriais da JBS vão capturar o gás metano emitido pelas operações da companhia e transformá-lo em biogás.

A iniciativa está sendo implementada em parceria com a Âmbar Energia, empresa de soluções em energia da J&F Investimentos. Ao todo, dez lojas da Swift no estado de São Paulo serão abastecidas pelo biogás. Elas se somam aos mais de 150 estabelecimentos da marca que já utilizam energia solar.

Swift em linha com as boas práticas ESG

No começo deste ano, a Swift alcançou a marca de 101 lojas com painéis solares fotovoltaicos instalados nos telhados de suas unidades. Já foram instalados 4.801 painéis solares sobre os telhados das lojas, ocupando uma área de 20 mil metros quadrados.

Em 2022, os telhados solares produziram 1,618 milhão de kWh, evitando a emissão de 546 toneladas de gás carbônico equivalentes (CO2e). Isso equivale ao plantio de 815 árvores por ano. Além dos estabelecimentos com geração própria por meio de placas solares nos telhados, as lojas da Swift também são abastecidas por fazendas solares. Atualmente, 45 unidades da marca recebem energia de usinas fotovoltaicas (UFV).

O projeto representa uma das principais ações implementadas pela JBS para o aproveitamento do biogás produzido em unidades da Friboi, marca da JBS líder no segmento de carne bovina no Brasil.

A empresa investiu R$ 54 milhões na instalação de biodigestores em nove unidades nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rondônia, que estão produzindo cerca de 80 mil metros cúbico por dia do energético.

“A primeira fase da iniciativa contempla as nove maiores unidades da Friboi e reduzirá em 65% as emissões escopo 1 do negócio, o que representa uma diminuição de 24,6% nas emissões escopo 1 de todas as atividades da JBS no Brasil”, afirma Gilberto Xandó, presidente da JBS Brasil. “Além de abastecer as lojas da Swift, podemos usar o biogás para gerar vapor nas caldeiras das unidades, como combustível para a frota da transportadora da JBS em substituição ao diesel ou até mesmo para produzir hidrogênio verde”, completa.

Lojas abastecidas com biogás

A Swift utilizará o biogás produzido na unidade da Friboi em Andradina, no interior de São Paulo para gerar energia elétrica. Geradores instalados pela Âmbar na planta vão consumir em torno de 4,5 mil metros cúbicos por dia de biogás, volume suficiente para abastecer 600 residências. A expectativa é de que os geradores entrem em operação comercial em dezembro de 2023. A energia produzida será disponibilizada para as lojas da Swift em Atibaia, Votuporanga, Leme, Vila Caiçara, Arujá, Limeira, Itanhaém, Peruíbe, Ubatuba e Mongaguá.

“Este novo projeto está diretamente ligado à nossa estratégia de implementar iniciativas que reduzam a pegada de carbono de nossas operações. Assim, a geração de energia por meio do biogás será um complemento à ação de instalação de painéis solares nos telhados das lojas Swift, que atualmente estão presentes em 101 unidades da nossa marca, e em 3 usinas remotas, as chamadas fazendas solares”, afirma o diretor financeiro e responsável pelos programas de Sustentabilidade da Swift, Raphael Jacob.

Além de viabilizar o uso do biogás para produzir energia elétrica por meio de motores, a Âmbar está transformando as lagoas de resíduo da unidade de Andradina em um pólo de tecnologia para estudos do aproveitamento do biogás.

“Estamos trabalhando em parceria com importantes instituições de pesquisa e acadêmicas para trazer essa contribuição ao setor elétrico brasileiro. O foco inicial do projeto de P&D será o desenvolvimento de experimentos para usar o biogás como matéria-prima na produção de hidrogênio e na criação de sistemas com alto nível de eficiência energética, utilizando tecnologias de células a combustível desenvolvidas no Brasil”, afirma o presidente da empresa, Marcelo Zanatta.

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