Negócios

Americanas poderá atingir meta de lojas apenas em 2014

Varejista está empenhada em abrir mais 89 lojas no último trimestre, dentro do plano de inaugurar 129 lojas neste ano


	Lojas Americanas: companhia elevou a receita líquida em 15,5 por cento no terceiro trimestre, a 3,08 bilhões de reais
 (Raul Junior)

Lojas Americanas: companhia elevou a receita líquida em 15,5 por cento no terceiro trimestre, a 3,08 bilhões de reais (Raul Junior)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 16h56.

São Paulo - A varejista Lojas Americanas está empenhada em abrir mais 89 lojas no último trimestre, dentro do plano de inaugurar 129 lojas neste ano, mas admitiu que a meta pode ser cumprida nos primeiros meses de 2014.

Em teleconferência com analistas nesta quinta-feira, o vice-presidente financeiro da companhia, Murilo Corrêa, reforçou que os contratos para as lojas previstas para o fim de 2013 já foram fechados.

Mas o executivo ressaltou que a investida não depende só da empresa, citando, por exemplo, o prazo de abertura de novos shoppings onde algumas unidades serão instaladas.

"A gente está firme para terminar o (programa) 'Sempre Mais Brasil' agora. Se isso não ocorrer, a gente vai inaugurar (as lojas que sobrarem) no primeiro trimestre do ano que vem", disse Corrêa, que também é diretor de relações com investidores. O objetivo em quatro anos é abrir 400 lojas.

O executivo previu ainda um cenário competitivo mais desafiador no quatro trimestre, com pressão nos preços por conta do aumento da concorrência. Na véspera, a empresa divulgou avanço de 16,3 por cento no lucro trimestral consolidado frente igual período de 2012, a 97 milhões de reais.

Impulsionada pelo crescimento da receita e pelas melhorias operacionais da sua controlada B2W, de comércio eletrônico, a cifra veio acima da expectativa de analistas, que esperavam, em média, lucro líquido de 83,2 milhões de reais segundo pesquisa da Reuters.

"Acreditamos que a companhia está no caminho para sua meta de 129 lojas em 2013, alcançando as 400 lojas prometidas em 2009", afirmou o BTG Pactual. No acumulado do ano, a varejista abriu 40 unidades.

"Gostamos da consistência da Lojas Americanas, com a combinação de um crescimento orgânico acima da inflação, agressivo plano de abertura de lojas e ganho nas margens", acrescentou o BTG, em relatório assinado pelo analista Fabio Monteiro.

As ações da companhia, que abriram a sessão no azul, ampliaram os ganhos ao longo desta quinta, operando em alta de 5,69 por cento às 17h25. No mesmo momento, o Ibovespa, no qual a companhia está incluída, subia 2,34 por cento.

Resultados

No terceiro trimestre, a Lojas Americanas elevou a receita líquida em 15,5 por cento na comparação anual, a 3,08 bilhões de reais.

As vendas no critério mesmas lojas, que consideram apenas os estabelecimentos abertos há mais de um ano, subiram 8 por cento no terceiro trimestre.

"A companhia é uma das poucas no setor de varejo que tem conseguido repassar preços acima da inflação", disse o analista da XP Investimentos William Castro Alves, em relatório.

Durante a teleconferência, Corrêa afirmou que a empresa vê espaço para elevar o crescimento de vendas nas mesmas lojas daqui para frente.

Acompanhe tudo sobre:AmericanasB2WComércioEmpresasEmpresas brasileirasEstratégiagestao-de-negociosResultadoVarejo

Mais de Negócios

Em iniciativa inédita, EXAME lança pré-MBA em Gestão de Negócios Inovadores; conheça

Contador online: com contabilidade acessível, Contabilivre facilita a rotina fiscal e contábil

Ele viu o escritório afundar nas enchentes do RS. Mas aposta em IA para sair dessa — e crescer

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'