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Esta loja nasceu na rua, virou referência e agora mira R$ 1 bilhão em vendas

A Loja do Mecânico foi criada por Márcio Gurgel em 1993, na cidade de Franca, no interior de São Paulo; agora, sob comando de um novo CEO, a empresa abre a 1⁠ª loja física na capital

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 28 de março de 2025 às 07h00.

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Um vendedor tinha acabado de perder o emprego na fábrica de calçados quando decidiu empreender. Era início da década de 90, na cidade de Franca, no interior de São Paulo, e Márcio Gurgel passou a vender ferramentas na porta de bancos, padarias e restaurantes para pagar as contas.

Ele teve dificuldades em manter o negócio por ser um camelô. Pensando em desistir, Márcio tentou vender o restante dos produtos para mecânicos e descobriu que estava vendendo ferramentas de baixa qualidade.

Os profissionais passaram a recomendar marcas boas, e o paulistano as anotou. Ao invés de largar o empreendedorismo, começou a ir atrás das ferramentas de qualidade em São Paulo. De pouco em pouco, Márcio foi crescendo a clientela na região de Franca até abrir a loja Gurgel Ferramentas em 1993.

Foi só em 2006 que o negócio ganhou o nome atual, a Loja do Mecânico, e passou a crescer tanto no digital quanto no físico. Agora, três décadas depois, com 19 lojas físicas (17 em São Paulo e 1 em Minas Gerais) e faturamento projetado em R$ 1,2 bilhão de reais, ela inaugura sua primeira unidade na cidade de São Paulo, no bairro de Interlagos.

"Meu pai queria que o mecânico achasse tudo em um lugar só. É o mesmo espírito que mantemos até hoje", diz Thiago Gurgel, diretor de tecnologia da empresa e filho de Márcio. O empreendimento vai oferecer uma jornada omnichannel: o cliente pode comprar no site ou no app e retirar na própria loja.

Thiago Gurgel, diretor de tecnologia e filho do fundador, Márcio Gurgel: empresa mira faturamento de R$ 1,2 bilhão em 2025

A trajetória da Loja do Mecânico ilustra a profissionalização de um setor que, por muito tempo, era dominado por pequenas lojas de bairro e fornecedores informais.

Com um portfólio que vai de acessórios simples a grandes equipamentos industriais, a marca atende principalmente profissionais dos setores automotivo, marcenaria, construção civil e DIY (faça você mesmo). A promessa é manter preços competitivos e trabalhar com marcas reconhecidas.

Em 2020, a entrada do fundo EB Capital impulsionou a criação de lojas físicas com função também logística — os chamados hubs” de venda e distribuição. Hoje, o comando da empresa está nas mãos de Guilherme Favaro, CEO que lidera a integração dos canais e o projeto de crescimento acelerado.

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