Krispy Kreme: a loja-conceito em SP será usada como centro de testes (Illustration by Scott Olson/Getty Images)
Repórter de Negócios
Publicado em 30 de abril de 2025 às 08h15.
Última atualização em 30 de abril de 2025 às 08h16.
A Krispy Kreme abriu oficialmente as portas de sua primeira loja no Brasil nesta terça-feira, 29, em São Paulo. A famosa rede americana de donuts, conhecida pelos produtos servidos ainda quentes, escolheu a Avenida Juscelino Kubitschek 1.065, na região da Faria Lima, como ponto de estreia no país — uma área de alto fluxo diário e forte presença corporativa.
A unidade marca a chegada da marca ao mercado brasileiro e funcionará como vitrine e centro de distribuição para novos pontos de venda, inclusive em unidades da AmPm, rede de conveniência dos postos Ipiranga e parceira estratégica da operação.
Com produção própria e equipe dedicada, a loja inicial vai gerar 100 empregos diretos em São Paulo.
Os detalhes da chegada do Krispy Kreme ao Brasil
Fundada em 1937, na Carolina do Norte, a Krispy Kreme se tornou conhecida mundialmente por seus donuts glaceados Original Glazed, sempre servidos frescos e com vitrines abertas ao público.
A marca opera hoje em mais de 40 países, com 2.000 lojas físicas e cerca de 15.500 pontos de venda em supermercados, cafeterias e plataformas de delivery. Em 2024, a rede faturou US$ 1,66 bilhão, com destaque para o crescimento fora dos EUA — especialmente no Japão, Canadá e Reino Unido.
Krispy Kreme: primeira loja fica na região da Faria Lima (Krispy Kreme/Divulgação)
A escolha por São Paulo não foi por acaso. A cidade concentra o maior mercado consumidor do país, além de um público acostumado com marcas globais e novidades no setor de alimentação.
Segundo Paulo Calil, presidente da Krispy Kreme Brasil, a loja-conceito será usada como centro de testes. A partir da aceitação do público, novos formatos como quiosques, lojas menores e delivery devem ser considerados.
“A ideia é oferecer uma experiência diferente do que já existe no país, com um produto icônico e padrão internacional de qualidade”, afirma Calil.
O mercado de fast-food no Brasil é competitivo. Redes como Starbucks, Dunkin’ e outras marcas de sobremesa já disputam a atenção do consumidor em grandes centros. A própria Dunkin’ saiu do país em 2005 e só retornou dez anos depois.
Recentemente, a SouthRock, operadora da Starbucks no Brasil, entrou em recuperação judicial, o que gerou incertezas sobre o desempenho de marcas internacionais no setor.
Mesmo assim, a Krispy Kreme acredita que há espaço. “O Brasil tem um mercado bilionário de alimentação. Nossa proposta é baseada em qualidade e experiência”, diz Raphael Duvivier, presidente internacional da marca.