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Log-In aguarda Eisa para iniciar qualquer negociação

Companhia pode negociar possível suspensão de multas às quais tem direito, por causa do atraso na construção de quatro embarcações


	Navio Log-In Jacarandá, da Log-In, no Porto de Suape
 (Leo Caldas/Exame)

Navio Log-In Jacarandá, da Log-In, no Porto de Suape (Leo Caldas/Exame)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 21h15.

Rio - A empresa de logística Log-In ainda aguarda um posicionamento formal do Estaleiro Ilha SA (Eisa), no Rio de Janeiro, para iniciar qualquer negociação sobre possível suspensão de multas às quais tem direito, por causa do atraso na construção de quatro embarcações.

Após conseguir US$ 120 milhões em empréstimo para arcar com dívidas, trabalhistas sobretudo, a primeira medida do Eisa foi divulgar um comunicado interno direcionado aos 3,5 mil empregados, convocando o retorno à empresa a partir de segunda-feira, dia 25.

Com o pagamento de salários de junho e julho, após liberação de uma primeira parcela do empréstimo, de US$ 40 milhões, as obras poderão ser reiniciadas.

Mas, segundo a agência de notícias Dow Jones, German Efromovich, proprietário do Eisa e do Mauá, também instalado no Rio, busca interessados na compra dos dois estaleiros por US$ 1 bilhão.

O Mauá está construindo embarcações para a Transpetro, subsidiária da Petrobras.

O comunicado distribuído pela empresa e reproduzido na página dos empregados na rede social Facebook pede que a maioria dos funcionários, de 15 setores, retorne ainda na segunda-feira, 25.

No dia seguinte, terça-feira, 26, todos os demais funcionários devem comparecer. Na página, há informação de que o tíquete refeição foi depositado, mas há também reclamações sobre atrasos na liberação do benefício do plano de saúde e do décimo-terceiro.

"Temos que ter garantias de que podemos voltar a trabalhar sem transtorno. O plano de saúde tem que estar em dia também. Eles têm muito ainda que se explicar. Agem como se nada tivesse acontecido", reivindica um dos funcionários, no Facebook.

A crise no Eisa iniciou com a interrupção do pagamento de US$ 1 bilhão pela venezuelana PDVSA pela construção de dez navios.

A situação piorou depois que a Procuradoria da Fazenda bloqueou R$ 40 milhões na Justiça porque o estaleiro Mauá, do mesmo grupo, devia ao Fisco.

A principal prejudicada com a crise do Eisa é a Log-In, que liberou dinheiro para a construção das suas embarcações, mas as obras estão paradas.

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