O Lobo de Wall Street: filme, estrelado por Leonardo DiCaprio, arrecadou US$ 400 milhões de bilheteria (Divulgação/Site oficial)
Tatiana Vaz
Publicado em 2 de abril de 2016 às 16h05.
São Paulo – O polêmico O Lobo de Wall Street, filme de Martin Scorsese estrelado por Leonardo DiCaprio, é hoje protagonista de uma investigação de lavagem de dinheiro a partir de um fundo da Malásia.
Há aí duas ironias: o filme fez sucesso ao contar a história de Jordan Belfort, um corretor da bolsa de valores americana condenado a quatro anos de prisão por um caso de fraude; O Lobo de Wall Street foi censurado na Malásia pelas várias cenas de sexo e drogas que contém.
De acordo com uma matéria do WSJ, a obra demorou seis anos para ser feita porque os estúdios não estavam dispostos a investir milhões em uma história tão arriscada.
O aporte, estimado em US$ 100 milhões, veio então de milhares de quilômetros de distância: o fundo de desenvolvimento econômico da Malásia, o 1MDB.
Ele foi criado há sete anos pelo primeiro-ministro do país, Najib Razak, e atualmente é presidido pelo seu sobrinho, Riza Aziz, da Red Granite Pictures.
A empresa de Aziz, junto a outras, faria parte de um intrincado esquema de desvio de verbas para lavagem de dinheiro do fundo, que acumula uma dívida de US$ 11 bilhões.
Lançado em 2013, o Lobo de Wall Street arrecadou cerca de US$ 400 milhões nos cinemas e foi indicado a cinco categorias do Óscar, incluindo a de melhor filme.
Não há registro de nenhum repasse de lucro para o fundo ou para a Malásia.