LLX: operação que elevará de 49% para 50% a participação da mineradora Anglo American na LLX Minas-Rio (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 18h39.
Rio - A LLX Minas-Rio, parceria entre Anglo American e Prumo (ex-LLX Logística), terá uma receita anual de US$ 190 milhões garantida pelo contrato de "take-or-pay" (que impõe o pagamento mesmo sem uso do serviço) com a mineradora a partir de julho do ano que vem. Na prática, isso quer dizer que a subsidiária terá de saída uma receita de cerca de US$ 95 milhões em 2014.
A informação foi dada pelo presidente interino da Prumo, Eugenio Figueiredo, no primeiro encontro com investidores após a mudança de nome e de controle, assumido pelo grupo americano EIG. O acordo com a Anglo prevê o embarque de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano pelo Terminal 1 (T1) do Superporto do Açu, em São João da Barra (RJ), a uma taxa de US$ 7,10 por tonelada. O minério produzido pela Anglo em Minas Gerais será transportado por um mineroduto de 525 quilômetros até o porto.
O executivo confirmou a operação que elevará de 49% para 50% a participação da mineradora Anglo American na LLX Minas-Rio, aprovada essa semana pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Sem precisar uma data, disse que a transação provavelmente será concluída no primeiro trimestre de 2014.
A opção estava prevista em caso de uma mudança de controle na holding. Como a EIG assumiu essa posição no lugar do empresário Eike Batista, a transação foi disparada. "A Anglo fará uma injeção de capital para concluir esse aumento de participação", disse Figueiredo, sem adiantar os valores envolvidos.
As notícias impulsionaram as ações LLX ON (atual Prumo), que fecharam a R$ 1,17, com ganho de 7,34%, a segunda maior alta na bolsa. O papel também se beneficiou do cancelamento do usufruto sobre os direitos de voto das ações detidas por Eike Batista e sua empresa Centennial Asset Mining Fund, após o aumento de capital de R$ 1,3 bilhão e da consolidação do controle da EIG, com 52,8% da Prumo. Na nova estrutura, Eike detém 20,9% da empresa, o fundo canadense Ontario Teachers 7% e os demais acionistas 19,3%.
Nesta quarta-feira, 18, o presidente da Prumo destacou a acionistas a nova condição de Eike Batista na companhia. "O sócio controlador entende que Eike foi muito importante para trazer o projeto ao estágio atual. Mas no fundo ele passa a ter o mesmo direito dos outros minoritários", afirmou. Segundo Figueiredo, as decisões caberão à controladora EIG, embora o empresário tenha direito a indicar um membro no conselho de administração da Prumo.
OSX.
Ao dar um panorama dos atuais contratos do Açu, Figueiredo disse que a OSX está inadimplente no pagamento do aluguel da área de seu estaleiro. As negociações iniciadas para a redução da área ocupada pela companhia no porto terão que ser revistas no âmbito de sua recuperação judicial.