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Linea vai além do adoçante e quer ser a "Nestlé do zero açúcar"

Marca hoje tem 150 produtos em 25 categorias, que vão do chocolate ao ketchup; faturamento cresceu 25% na pandemia

Produtos da Linea: marca que começou com adoçantes expande para outras categorias (Linea/Divulgação)

Produtos da Linea: marca que começou com adoçantes expande para outras categorias (Linea/Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 28 de agosto de 2020 às 08h00.

Última atualização em 28 de agosto de 2020 às 10h59.

A marca de alimentos Linea, conhecida pelos adoçantes, está colhendo na pandemia os frutos da estratégia de diversificação adotada nos últimos anos. A companhia, que começou apenas com o adoçante, hoje tem 150 produtos em 25 categorias. Em julho deste ano, o segmento de alimentos da Linea atingiu pela primeira vez 50% das vendas da marca. A outra metade das vendas fica com o segmento de adoçantes.

“Somos uma empresa jovem em um setor em franca expansão, que é o dos alimentos saudáveis. Estamos muito otimistas e vendo oportunidades no mercado”, Marcelo Limírio Filho, presidente da Linea.

O foco da marca são os alimentos sem açúcar. No portfólio há desde biscoitos e bombons até geleias e ketchup. Os itens com maior venda (além dos adoçantes) são os chocolates e as geleias. “Temos trabalhado para mudar a imagem do produto sem açúcar como algo sem sabor e a aceitação tem sido cada vez maior", afirma o executivo.

Agora, um dos focos da companhia é ampliar sua distribuição. Os adoçantes da Linea estão em 50 mil pontos de vendas. Mas os outros produtos variam de acordo com a categoria. “Ainda recebemos contato de consumidores dizendo que sabem que a Linea tem um produto, mas não encontram em sua região”, afirma.

Uma ferramenta que está ajudando a companhia nesse desafio é a venda pela internet. A marca tem um e-commerce próprio há um ano. Agora, está ampliando sua presença em grandes marketplaces. Hoje já tem parcerias com B2W, Magazine Luiza, Via Varejo e Amazon. Em breve deve fechar também com Mercado Livre e Pão de Açúcar. Com isso, a expectativa é de que as vendas online cheguem a 6% do faturamento da companhia. “A marca precisa ser vista e lembrada. As marcas buscam estratégias para impactar o consumidor no ponto de venda físico. No online é a mesma coisa”, diz Filho.

Com o aumento das compras pela internet impulsionado pela pandemia, a Linea tem visto os consumidores interagindo mais com seu portfólio, um passo fundamental para deixar de ser conhecida como uma marca de adoçantes e passar a ser vista como uma marca de alimentos. O ticket médio de compras na internet, por exemplo, já é maior do que nos pontos físicos.

A Linea também viu seu faturamento total crescer: entre janeiro e agosto, a alta foi de 25%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Na visão do empresário, o maior consumo de alimentos em casa e a maior preocupação com o bem-estar impulsionaram as vendas. Dentre os produtos com maior crescimento estão geleias, gelatinas, misturas para bolo e o adoçante culinário.

A companhia faturou 140 milhões de reais em 2019 e espera crescer 25% em 2020. O objetivo é dobrar de tamanho nos próximos três anos e reforçar o reconhecimento de marca. Para isso, a Linea aposta nos alimentos funcionais, voltados para melhorar o bem-estar e a imunidade. “Queremos ser a Nestlé zero açúcar do mercado”.

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