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Lindt e Kopenhagen não vão competir entre si, diz empresa

Para Renata Moraes, vice-presidente da CRM, os produtos clássicos da Kopenhagen irão blindá-la

Lindt: primeira loja no Brasil será inaugurada em julho deste ano (Sergio Calleja/Wikimedia Commons)

Lindt: primeira loja no Brasil será inaugurada em julho deste ano (Sergio Calleja/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2014 às 16h03.

São Paulo – A CRM, dona das marcas de chocolates Kopenhagen e Brasil Cacau, anunciou nesta terça-feira uma joint venture com a suíça Lindt de nome Lindt & Sprüngli Brazil SA.

Ainda que os preços dos chocolates de ambas as marcas sejam parecidos e o público seja mais ou menos o mesmo, Renata Moraes, vice-presidente da CRM e uma das pessoas por trás da negociação, acredita que eles não vão competir entre si.

Para ela, a linha de chocolates Lindt é do segmento premium, e portanto um intermediário entre o consumidor classe C, da Brasil Cacau, e o consumidor de luxo, da Kopenhagen.

“Enquanto a Kopenhagen é procurada para presentes especiais, a Lindt é conhecida no Brasil por suas barras e trufas. São propósitos diferentes”, afirma Renata.

Além disso, para a executiva, a linha de clássicos da Kopenhagen continua sendo exclusiva e não tem como perder espaço. “Chocolates como a Nhá-Benta e a Língua de Gato são produtos que nenhuma outra fábrica faz. Não temos concorrência nesse sentido”, afirma Renata.

Hoje, mais de 50% do faturamento da marca vem dos chocolates clássicos, e isso não deve mudar no curto prazo.

Nova empresa

A Lindt entrará no Brasil por meio de uma joint venture com a Kopenhagen, em que a suíça terá 51% de participação e a brasileira, 49%. A mesa diretora será composta por executivos das duas empresas – por suíços que chegam ao Brasil na semana que vem e outros profissionais a serem contratados.

A executiva ainda não dá detalhes nem da composição exata da mesa, nem do investimento de cada marca, mas afirma que a parceria ocorreu porque a Lindt sentiu necessidade de alguém que conhecesse o mercado brasileiro.

“Nós temos experiência em regionalização, nas negociações com shoppings centers e com os players de mercado, que são diferentes de qualquer outro lugar do mundo”, diz Renata. O negócio é o primeiro deste tipo feito pela Lindt na América Latina.

A primeira loja será inaugurada até julho deste ano, em São Paulo.

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