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Light quer reduzir perdas não-técnicas para 41% em 2014

A meta, caso alcançada, significará uma redução de aproximadamente quatro pontos porcentuais em relação ao patamar anteriormente registrado pela companhia


	Light: meta da distribuidora é reduzir o patamar de perda para 29% até 2018
 (Bia Parreiras)

Light: meta da distribuidora é reduzir o patamar de perda para 29% até 2018 (Bia Parreiras)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 15h11.

São Paulo - O presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, afirmou nesta quarta-feira, 21, que a companhia pretende fechar 2014 com a marca de 41% de perda de energia em seu sistema.

A meta, caso alcançada, significará uma redução de aproximadamente quatro pontos porcentuais em relação ao patamar anteriormente registrado pela companhia e considerado no processo de revisão tarifária, e de mais de um ponto porcentual na comparação com dezembro de 2013.

A meta da distribuidora é reduzir o patamar de perda para 29% até 2018, conforme compromisso assumido junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para tanto, a Light investirá R$ 2 bilhões em iniciativas de combate às perdas.

A companhia já instalou 400 mil medidores eletrônicos de energia e pretende, até o final do ano, instalar outros 200 mil equipamentos.

Além disso, a Light anunciou na semana passada a contratação do fornecimento de equipamentos e serviços para automação de redes áreas e subterrâneas por um sistema integrado, conhecido como projeto Smart Grid, o qual resultará na instalação de mais 1 milhão de medidores eletrônicos de energia ao longo dos próximos cinco anos.

A rede para operação do sistema do Smart Grid deverá estar instalada em meados de 2015, segundo o executivo, e faz parte de um conjunto de medidas em curso dentro da Light.

As atuais perdas, conforme destacado pelo presidente durante palestra proferida em evento organizado em parceria pelas federações das indústrias de São Paulo (Fiesp) e Rio de Janeiro (RJ), somam cerca de R$ 2 bilhões, o equivalente aos números movimentados em consumo de energia no mercado do Espírito Santo, segundo ele.

Pré-pago

Outro projeto que deve contribuir para a redução das perdas bilionárias da Light é a adoção de um sistema pré-pago de pagamento de energia.

O modelo, segundo o executivo, ainda não tem data para operar porque está na dependência do licenciamento por parte do Inmetro para a definição da tecnologia e dos aparelhos a serem utilizados.

Para estimular o sistema pré-pago, a Light poderá conceder benefícios tarifários aos novos consumidores, assim como adota atualmente com novos clientes que ingressam na base de clientes da companhia.

O modelo atual prevê tarifa inicial equivalente a 50% do valor total, porcentual que sobe de forma gradativa em um período de até dois anos.

"Com o pré-pago, eu praticamente estou eliminando a inadimplência. Ele estimulará o cliente a normalizar (o fornecimento de energia) porque ele poderá fazer a gestão do consumo dele", afirmou o presidente da Light, para quem a inadimplência no mercado de distribuição de energia no Rio de Janeiro tem uma origem cultural, e não econômica.

O executivo também destacou durante sua palestra o programa de área de perda zero (APZ), uma iniciativa voltada a comunidades com até 15 mil consumidores e cuja base é o trabalho local de prestadores de serviços.

O modelo, quase uma concessão de área dentro da atual, é remunerado a partir de retorno variável aos parceiros.

Ou seja, a remuneração é proporcional à evolução dos indicadores de perdas e inadimplência da Light em determinada região.

Incentivo

Questionado a respeito da possibilidade de o governo conceder novo empréstimo às distribuidoras, o executivo da Light destacou que ainda não há qualquer informação a esse respeito.

Além disso, complementou o presidente da Light, o governo também não deu qualquer sinal em relação a possíveis auxílios às geradoras.

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