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Light diz que investiu mais que prometido no 2º ciclo

Segundo o presidente da empresa, Jerson Kelman, a companhia não deverá ser penalizada na revisão tarifária de 2013

O aumento foi atribuído à aplicação do desligamento de clientes com inadimplência crônica (Bia Parreiras)

O aumento foi atribuído à aplicação do desligamento de clientes com inadimplência crônica (Bia Parreiras)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 19h24.

São Paulo - A Light não acredita que poderá ser penalizada no terceiro ciclo de revisão tarifária na consideração da base de remuneração, segundo o presidente da empresa, Jerson Kelman, que argumenta que a companhia investiu "muito mais que o prometido".

"É muito improvável que a Light seja prejudicada por investir menos que o combinado pelo regulador porque o investimento foi maior", disse Kelman em teleconferência com analistas nesta segunda-feira. A Light passa pela revisão tarifária em novembro de 2013.

Kelman disse que a empresa fez um levantamento dos ativos fisicamente, com georreferenciamento, e está realizando uma conciliação físico-contábil desse ativos. Além disso, ele acrescentou que a companhia está retomando uma discussão conceitual sobre as características específicas de sua área de concessão.

A Light enfrenta problemas de perdas de energia em sua área de concessão, relacionados ao furto. No primeiro trimestre de 2012, a empresa registrou um aumento de 0,9 ponto percentual nas perdas não técnicas sobre o mercado faturado de baixa tensão para 41,3 por cento.

O aumento, que interrompe uma série de sete trimestres consecutivos de redução do indicador, foi atribuído à aplicação do desligamento de clientes com inadimplência crônica, por meio da aplicação da regra da Aneel.

A exclusão dos consumidores inadimplentes ocorreu em fevereiro e março, segundo o diretor de Finanças da Light, João Batista Zolini, que informou ainda que as perdas da companhia teriam ficado em linha com o registrado no quarto trimestre de 2011 caso não tivesse ocorrida a exclusão.

"No Ebitda final não há impacto nenhum", disse.

Já o efeito benéfico da exclusão desse clientes na redução de provisão para devedores duvidosos (PDD) será sentido em maio ou junho, segundo o executivo.

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