Especialista no modelo de gestão da Toyota, Jeffrey Liker é autor do best‑seller internacional O Modelo Toyota: 14 Princípios de Gestão do Maior Fabricante do Mundo** (traduzido para 26 idiomas, 700 mil exemplares vendidos) e de seis outros livros sobre a empresa (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2013 às 08h00.
São Paulo – O estilo japonês de gestão habita o imaginário: funcionários disciplinados, alta tecnologia, inovação e resultados sempre muito satisfatórios. Um dos grandes símbolos dessa cultura é a montadora Toyota, criadora de uma metodologia de organização da produção que ficou conhecida por toyotismo.
É com base na liderança deste modelo que surge o livro “O modelo Toyota de liderança lean”, de Jeffrey Liker - Ph.D., é professor de engenharia industrial - e Gary Convis - ex diretor e membro do conselho de administração da Dana Holding Corporation.
Lançado nesta semana, o livro explica que, na cultura da empresa, o líder não está lá apenas para dar coordenar, mas, principalmente, para otimizar a gestão da empresa. “A maior diferença está no papel primário do líder, que é de desenvolver outras pessoas, como um professor e treinador”, afirma Jeffrey Liker.
Exatamente por isso, o exercício da liderança dentro da Toyota preconiza a participação ativa da liderança em todos os processos que envolvem cada departamento, desde o chão de fábrica até os escritórios. “É importante que ele esteja no chão de fábrica – onde o trabalho é feito.”
Resultado
Na prática, o resultado vem em produtividade. Segundo Liker, esse é o melhor modelo para que haja um melhor desempenho sem excessos de trabalho. O foco fica na gestão eficiente dos ativos da empresa. “É esperado que os líderes da Toyota conheçam a rotina de trabalho em detalhe e compreendam o contexto dos processos, usando o tempo para treinar e desenvolver os outros para que os processos sejam continuamente melhorados”, afirma.
“Há foco na eliminação dos desperdícios, seja ele de produção, manuseio ou tempo de espera”, afirma. “Os líderes não têm a intenção de ficar chefiando corte de custos, mas sim reduzir todo o tipo de excesso, para que os funcionários se foquem em agregar valor aos seus trabalhos.”