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Leo Pharma investe US$ 7,5 milhões em abertura de filial no país

Laboratório dinamarquês investirá 70 milhões de dólares no Brasil até 2015

Leo Pharma: Heloisa Simão e Peter Kallestrup anunciam chegada da empresa ao Brasil (Reinaldo Rollo/Divulgação)

Leo Pharma: Heloisa Simão e Peter Kallestrup anunciam chegada da empresa ao Brasil (Reinaldo Rollo/Divulgação)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 14h57.

São Paulo – O laboratório farmacêutico dinamarquês Leo Pharma, um dos líderes mundiais em tratamentos dermatológicos, inicia sua operação no país com investimento inicial de 7,5 milhões de dólares – e pretensão de investir até 70 milhões de dólares em 2015 na expansão da companhia.

Desde a década de 80, a empresa tinha quatro de seus quinze medicamentos globais vendidos no Brasil por meio de um acordo com o Laboratório Roche. A partir de janeiro, com o encerramento da parceria, a companhia passa a distribuir e importar seus remédios diretamente, com a intenção de trazer novos medicamentos em breve.

“Nosso plano de expansão abrange outros países com grande potencial de crescimento, como México, China, Japão, Rússia, Vietnã e Estados Unidos”, disse Peter Kallestrup, diretor Regional da América Latina da Leo Pharma.

Em 2009, a companhia faturou 1,1 bilhão de dólares e investiu cerca de 1,3 bilhão de dólares na abertura de novas filiais – incluindo a brasileira. “Contávamos com um caixa forte, de cerca de 3,7 bilhões de dólares, e não precisamos de recursos de terceiros para investir”, afirma Kallestrup. A Leo Pharma pertence integralmente a Fundação Leo, instituição independente de capitais externos.

Por meio da Roche, a venda dos quatro medicamentos da empresa no Brasil somava 18 milhões de reais. Mas a empresa acredita que o mercado brasileiro ainda pode ser melhor explorado. Segundo a companhia, o Brasil é hoje o décimo maior mercado em vendas, do ramo farmacológico – o faturamento do setor chega a 13 bilhões de reais.

Mercado brasileiro

Uma das principais especialidades da companhia é desenvolver terapia tópica (cremes) para a psoríase, uma doença inflamatória crônica de pele que atinge cerca de 3% da população mundial. A empresa acredita que 3 milhões de brasileiros tenham a doença, mas apenas 5% estejam em tratamento.

“ Investiremos em divulgação de informações sobre a doença, prêmios para pesquisadores, além de trazer novos medicamentos para o tratamento”, afirma Heloisa Simão, diretora da Leo Pharma no Brasil. A empresa calcula que tenha hoje 17% do mercado brasileiro de medicamentos para psoríase.

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