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Leilão da Aneel seleciona 66 usinas de energia eólica

O preço médio de venda ficou em R$ 110,51/MWh (megawatt-hora), com deságio de 5,55% em relação ao preço-teto da primeira rodada (R$ 117/MWh)


	Energia eólica: o valor dos contratos ficou em cerca de R$ 13,08 bilhões e o volume de transações em megawatt-hora, em torno de R$ 118,428 milhões
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Energia eólica: o valor dos contratos ficou em cerca de R$ 13,08 bilhões e o volume de transações em megawatt-hora, em torno de R$ 118,428 milhões (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 17h09.

São Paulo – Durou menos de uma hora o leilão de reserva da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que selecionou 66 usinas que viabilizarão projetos de parques de geração de energia eólica em oito estados. O preço médio de venda ficou em R$ 110,51/MWh (megawatt-hora), com deságio de 5,55% em relação ao preço-teto da primeira rodada (R$ 117/MWh). Foram contratados 1.505 MW em potência.

O valor dos contratos ficou em cerca de R$ 13,08 bilhões e o volume de transações em megawatt-hora, em torno de R$ 118,428 milhões. O menor preço de venda (R$ 98,50/MWh) foi contratado pela empresa Consórcio EPG-Serra Azul para o empreendimento Damascena, na Bahia. O valor representa deságio de 15,81% em relação ao preço-teto.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, considerou expressivo o total de energia contratada. "O leilão foi muito bom. Atingiu o objetivo que nós tínhamos: adquirir uma quantidade importante de energia a um preço bastante competitivo", disse ele. Os contratos terão duração de 20 anos e início de suprimento está previsto para 1° de setembro de 2015.

Entre os estados que participaram do leilão, a Bahia contratou a maior quantidade de energia, com 567.800 MW e R$ 2,10 milhões a serem investidos em 28 empreendimentos. Em seguida, está o Piauí, com 420 mil MW e R$ 1,4 milhões, em 14 empreendimentos. A menor contratação foi no Rio Grande do Sul, com 80.500 MW.

O Ceará receberá seis empreendimentos, enquanto Pernambuco e o Rio Grande do Norte, ficarão com sete, cada.

A metodologia do leilão previa duas fases de negociação. Na primeira, os empreendimentos disputaram a conexão para transmissão da energia. Isso foi necessário porque as subestações têm limite de capacidade para escoar a produção das usinas. Na segunda fase, as eólicas que ofereceram as melhores tarifas na primeira rodada, dentro da capacidade de cada subestação, disputaram a venda de energia.

Os empreendimentos habilitados haviam sido divididos da seguinte forma: 123 na Bahia; 63 no Ceará; dois no Maranhão; nove na Paraíba; 14 em Pernambuco; 31 no Piauí; 41 no Rio Grande do Norte e 94 no Rio Grande do Sul. De acordo com a Aneel, os leilões de reserva têm como objetivo reduzir os riscos de desequilíbrio entre a oferta e a demanda de energia elétrica.

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