EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2012 às 18h33.
São Paulo - A associação operacional com a GP Investimentos ainda não é a solução definitiva para os problemas da Laep, controladora da Parmalat. Na noite de domingo, o Leitbom (laticínio da GP) fechou um acordo com duas empresas da Laep para comprar matéria-prima, fabricar e distribuir em conjunto. Não se trata, por enquanto, de uma fusão.
Na manhã de ontem, alguns desses produtores iniciaram um protesto em frente à fábrica da Parmalat de Santa Helena de Goiás, bloqueando a entrada com suas caminhonetes. Representantes da empresa conseguiram acalmar os manifestantes, com a promessa de que na quarta-feira receberiam satisfações da diretoria. “Está ficando cada vez mais difícil controlar o pessoal”, diz Wesley Gonçalves, líder dos produtores de leite de Santa Helena de Goiás.
O acordo com a GP incluiu duas fábricas em São Paulo e uma em Minas Gerais, que pertencem aos laticínios Glória e Ibituruna. Mas deixou de fora justamente as fábricas onde a Laep tem problemas com produtores - além de Santa Helena, a Parmalat também enfrenta dificuldades em Itaperuna, no Rio de Janeiro. Na região, a empresa perdeu dois de seus principais fornecedores depois de ter atrasado pagamentos.
Sem tradição no setor, Elias sempre teve a intenção de vender os laticínios em algum momento. O problema é que, se desfazer os ativos da Parmalat, que ficaram de fora do acordo, não será uma tarefa simples. Como a empresa está em recuperação judicial, qualquer negociação de seus ativos depende de autorização de Justiça. A Parmalat ainda tem dívida de R$ 40 milhões sujeita à recuperação judicial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.