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Kroton vê espaço para melhorar nível de rematrícula

Implementação de medidas incentivam a retenção de alunos nos próximos trimestres


	Fais: Kroton não tem sentido piora no mercado
 (Divulgação)

Fais: Kroton não tem sentido piora no mercado (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 10h33.

São Paulo - A empresa de educação Kroton vê espaço para melhora no nível de rematrícula com medidas que incentivam a retenção de alunos, após divulgar um avanço de quase 30 por cento nessa linha no primeiro trimestre. "Tudo que a gente consegue melhorar de rematrícula é bastante importante para a sustentabilidade dos nossos resultados", afirmou o diretor de Relações com Investidores da companhia, Carlos Lazar, em entrevista à Reuters por telefone.

Mais cedo nesta terça-feira, a companhia divulgou salto anual de 59,5 no lucro líquido de janeiro a março, a 274,8 milhões de reais, beneficiada pelo avanço na base de alunos.

Enquanto os novos alunos de graduação - modalidade de ensino de maior peso para a empresa - cresceram 15 por cento sobre igual etapa de 2013, as rematrículas subiram 29,7 por cento no mesmo período, a 390,2 mil alunos.

Às 10h23, as ações da Kroton tinham alta de 0,3 por cento, enquanto o Ibovespa recuava 0,44 por cento.

Segundo Lazar, a Kroton tem investido na melhora da qualidade de ensino para garantir a permanência dos universitários nas salas.

Um dos exemplos é a oferta de aulas de português e matemática, ainda em fase inicial, para que os alunos acompanhem melhor o curso.

"Não estou cobrando nada a mais por isso, é um produto adicional que estou acoplando na grade curricular", afirmou.

O executivo observou que a companhia também tem analisado outras medidas nesse sentido, como um projeto de empregabilidade para ajudar no ingresso ao mercado de trabalho.

"Isso acaba refletindo na rematrícula. O aluno se sente mais apto a continuar seus estudos e se sente mais motivado a querer continuar o curso", afirmou Lazar. "A gente espera uma melhora contínua no nível de rematrícula".

Para a captação de novos alunos na graduação, a expectativa é de manutenção do crescimento em dois dígitos baixos a médios, afirmou o diretor de RI.

Ele avaliou que apesar do ambiente macroeconômico "um pouco mais difícil", a companhia não tem sentido piora no mercado de educação, acrescentando não esperar mudanças nos programas do governo federal voltados ao setor, como o Fies e Prouni, com as eleições presidenciais. Na quarta-feira, a fusão da empresa com a Anhanguera deverá ser votada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade), sendo que a Kroton está confiante no avanço do processo, disse Lazar, lembrando que a associação será posteriormente encaminhada às assembleias das companhias.

Citando a oferta de "remédio adequado para mitigar preocupações concorrenciais levantadas pelo órgão", ele adiantou que, depois do sinal verde, a companhia concentrará esforços na integração das operações, descartando foco em novas aquisições.

"O grande desafio vai ser trabalhar em cima dessa fusão, dessa integração, que vai demandar muito tempo e atenção", disse.

Para o ano que vem, a Kroton prevê a abertura de novas unidades no país, notadamente nas regiões Norte e Nordeste, onde o crescimento vem superando a média, completou o executivo.

Atualizado às 10h33

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