Kroton: a emrpesa também avalia aquisições de pequenos e médios participantes no ensino superior (Germano Lüders/Exame)
Reuters
Publicado em 2 de outubro de 2017 às 16h49.
São Paulo - Poucos meses após a negativa do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para uma combinação de negócios com a rival Estácio Participações, a Kroton Educacional voltou a atenção para o ensino básico e já tem na mira 16 ativos para aquisição, dos quais três estão em estágio avançado de negociação.
Os investimentos planejados pela maior empresa de ensino superior do país no segmento básico se concentrarão no mercado premium de escolas de marca forte e grande alcance, com valor médio de mensalidade bruto superior a 1.250 reais por aluno, de acordo com apresentação a investidores enviada nesta segunda-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A Kroton informou, ainda, que os alvos serão os maiores grupos de educação básica do país e que seu plano de negócios contemplará expansão ou revitalização de escolas (brownfields), além da abertura de novas unidades (greenfields), para expansão das marcas premium adquiridas.
"Marcas com forte reputação têm grande potencial de ganho participação de mercado em expansões via greenfields", disse a companhia no documento. A estratégia também prevê conversão de colégios com boa infraestrutura e localização, porém sem marca forte, em segmento premium.
Apesar do atual foco em educação básica, a Kroton também avalia aquisições de pequenos e médios participantes no ensino superior, especialmente nos mercados em que ainda não está presente.
Em meados de agosto, o presidente-executivo da companhia, Rodrigo Galindo, disse em teleconferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre que o planejamento estratégico da empresa poderia incluir a busca de mercados fora do Brasil no médio prazo.
O anúncio veio depois que o Cade rejeitou em 28 de junho, por 5 votos a 1, a fusão de Kroton e Estácio, uma operação que criaria um grupo com mais de 1,5 milhão de alunos.
Às 16h34, as ações da Kroton Educacional caíam 1,2 por cento, cotadas a 19,8 reais, figurando entre os principais destaques negativos do Ibovespa, que por sua vez tinha oscilação positiva de 0,02 por cento.