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Kroton aposta em plataforma de empregos para reduzir evasão

Companhia espera para até maio de 2015 um acordo para venda de ativos da Uniasselvi, necessária para a fusão com a Anhanguera


	Sala de aula da Kroton: companhia investirá 6 milhões de reais em sua plataforma de empregabilidade
 (Germano Lüders/EXAME)

Sala de aula da Kroton: companhia investirá 6 milhões de reais em sua plataforma de empregabilidade (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 15h51.

São Paulo - A Kroton, maior empresa de educação do país, adota estratégia para diminuir a evasão de alunos, enquanto espera para até maio de 2015 um acordo para venda de ativos da Uniasselvi, necessária para a aprovação da fusão da empresa com a Anhanguera.

A companhia investirá 6 milhões de reais em sua plataforma de empregabilidade, que busca ajustar a oferta de conteúdo nas salas de aula com as demandas do mercado, prevendo, assim, diminuir a evasão de alunos.

Segundo o vice-presidente financeiro da Kroton, Frederico Abreu, a plataforma deverá ajudar na diminuição da evasão, que hoje é de quase 50 por cento, ao facilitar a colocação dos estudantes no mercado, aumentando a proposta de valor dos serviços oferecidos pela companhia.

Ao final do terceiro trimestre, a evasão total de alunos da Kroton caiu 1,3 por cento em relação ao período imediatamente anterior.

"Sempre teremos que conviver com um pedaço de evasão, mas teremos a plataforma para tentar reter o máximo de alunos (que pensam em sair da faculdade)", disse o diretor a jornalistas nesta quarta-feira.

A plataforma já está em operação desde agosto em Cuiabá e Rondonópolis, no Mato Grosso, com cerca de 270 empresas, mais de 8 mil alunos e 1.200 vagas cadastradas, afirmou o presidente da companhia, Rodrigo Galindo.

A ideia do executivo é combinar dados curriculares dos estudantes com um teste comportamental que é feito com subsídio da Kroton, sugerindo aos empregadores de forma automática quais candidatos melhor se encaixam às habilidades requisitadas.

A plataforma, batizada de Canal Conecta, permite que a Kroton também atualize seu modelo acadêmico diante de eventuais deficiências apontadas pelas companhias, entre as quais já estão gigantes como a Ambev, mas também pequenas e médias empresas locais.

"Se o aluno não tem uma competência, provavelmente o problema é dele ... Se um grupo muito grande (de alunos) não tem, provavelmente o problema é do nosso modelo acadêmico", afirmou Galindo, acrescentando que o projeto piloto já incentivou a criação de um curso de preparação para comportamento em processos seletivos.

O plano agora é levar a plataforma para todos os campi da Kroton no Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo até o primeiro semestre de 2015, a mais de 40 unidades.

A extensão posterior, até que todas as 130 unidades de ensino presencial da companhia sejam contempladas, deverá transformar a iniciativa em uma das maiores plataformas de empregabilidade do país, disse Galindo, acrescentando que ela seguirá gratuita para alunos e empresas "pelo menos pelos próximos três anos, até que esteja absolutamente madura".

Aquisições

Em conversa com jornalistas, Galindo disse que a empresa segue analisando oportunidades de aquisição com foco no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e à procura de preços atrativos.

Apesar disso, a companhia está confiante no potencial de seu plano de expansão orgânica, que inclui 100 novos campi nos próximos cinco anos, para crescer "independente de aquisições", disse o executivo.

A respeito do processo de venda de ativos da Uniasselvi, imposta pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica para aprovação da fusão da companhia com a Anhanguera, a expectativa é que um acordo seja fechado em abril ou maio de 2015, disse Galindo.

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