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KPMG se recusa a aprovar contas do Banco Espírito Santo

Auditora citou a falha do banco em fornecer informações adequadas sobre sua posição financeira


	Banco Espírito Santo: relatório consolidado do BES confirmou prejuízo de quase 3,6 bilhões de euros
 (Patricia de Melo Moreira/AFP)

Banco Espírito Santo: relatório consolidado do BES confirmou prejuízo de quase 3,6 bilhões de euros (Patricia de Melo Moreira/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 11h05.

Lisboa - A auditora KPMG se recusou a aprovar o relatório e as contas do primeiro semestre do resgatado Banco Espírito Santo (BES), publicados nesta segunda-feira, citando a falha do banco em fornecer informações adequadas sobre sua posição financeira, e também alertou sobre possíveis prejuízos adicionais.

O relatório consolidado do BES confirmou prejuízo de quase 3,6 bilhões de euros (4,73 bilhões de dólares), revelado pela primeira vez em 30 de julho, em grande parte devido à sua exposição ao império corporativo em desmoronamento da família fundadora Espírito Santo.

As perdas forçaram o banco central português a agir no dia 3 de agosto com um plano de resgate de 4,9 bilhões de euros para o maior banco do país, usando fundos públicos.

A KPMG, que foi contratada para fazer a auditoria dos resultados, disse em um relatório publicado junto às demonstrações financeiras do BES que estas não forneciam quaisquer ajustes e informações adicionais exigidas como resultado do resgate. A KPMG disse que isso significa que o relatório do BES não fornece mais informações adequadas sobre as operações e a posição financeira do BES.

A empresa de contabilidade disse que "a classificação, possibilidade de recuperação e realização dos ativos, como também de pagamentos de suas dívidas registradas nos resultados financeiros em 30 de junho são incertos". A KPMG disse também que o critério de avaliação dos ativos do BES transferidos ao Novo Banco ainda não estão claros.

A KPMG acrescentou que as provisões feitas pelo BES para lidar com a dívida do grupo Espírito Santo vendida a seus clientes de varejo podem não ser suficientes e que o banco arrisca ter de fazer mais contingências, que até agora não foram especificadas. A nova administração do banco -- instalada pelo banco central português em julho -- disse suspeitar que ocorreram comportamentos ilegais no banco. O BC de Portugal ordenou uma auditoria forense no BES.

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