Negócios

Kodak pede concordata para reorganizar seus negócios

Empresa, que dedicou a maior parte de seus investimentos durante os últimos anos na área digital e na de materiais de alta tecnologia, pretende reorganizar seus negócios

A companhia comunicou que firmou um acordo com o Citigroup para um aporte de US$ 950 milhões, a devolver em 18 meses (Fred Prouser/Reuters)

A companhia comunicou que firmou um acordo com o Citigroup para um aporte de US$ 950 milhões, a devolver em 18 meses (Fred Prouser/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 05h20.

Madri - A centenária companhia fotográfica Eastman Kodak apresentou perante um tribunal de Nova York um pedido de quebra concordata para reorganizar seus negócios, informou a própria empresa nesta quinta-feira através de comunicado em seu site.

Com esta solicitação, a Kodak pretende reforçar a liquidez nos Estados Unidos e no exterior, rentabilizar a propriedade intelectual não estratégica, solucionar a situação dos passivos e concentrar-se nos negócios mais competitivos.

A Kodak, fundada em 1888 e com sede em Rochester (Nova York), dedicou a maior parte de seus investimentos durante os últimos anos à área digital e a materiais de alta tecnologia, responsáveis por 75% de sua receita em 2011.

O Conselho de Administração, liderado pelo espanhol Antonio Pérez, acredita que esta solicitação é um passo necessário para garantir o futuro da empresa.

A companhia comunicou que firmou um acordo creditício com o Citigroup para um aporte de US$ 950 milhões, a devolver em 18 meses, o que permitirá aumentar sua liquidez. Após o pedido de concordata, porém, esta linha de crédito estará sujeita a aprovação judicial.

Em seu comunicado, a Kodak assinalou que, apesar do pedido de concordata, tem capacidade suficiente para gerir seus negócios e prestar serviços a seus clientes 'normalmente'.

A empresa espera pagar dívidas e salários a seus funcionários e dar continuidade a programas de relacionamento com clientes.

Por outro lado, as filiais fora dos Estados Unidos não estão sujeitas a estes procedimentos e cumprirão todas as obrigações com seus provedores.

A quebra da companhia já era esperada pelo mercado, e os rumores sobre esta possibilidade fizeram as ações da sociedade caírem até 30% no último dia 4, chegando a valer US$ 0,46, de modo que nos últimos 12 meses acumulou desvalorização de 91,53%.

Ontem, as ações de sociedade fecharam a US$ 0,55, com uma recuperação de 3,77%.

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