Com sede em Rochester, Nova York, a tradicional empresa americana do setor fotográfico entrou com pedido de concordata em 19 de janeiro (Fred Prouser/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2012 às 16h34.
Nova York - A Eastman Kodak Co. diz que é improvável que sobrem recursos suficientes para pagar os acionistas no final de sua reestruturação e que, por esse motivo, se recusa a aceitar o pedido de um grupo de acionistas de ter uma participação maior no processo.
Com sede em Rochester, Nova York, a tradicional empresa americana do setor fotográfico entrou com pedido de concordata em 19 de janeiro. Na ocasião, a Kodak estimou suas dívidas em quase US$ 5 bilhões, sem contar o financiamento de US$ 950 milhões que tomou após protocolar o pedido.
Já nos dias seguintes ao do pedido, a Kodak afirmou que os acionistas não poderiam comprovar sua alegação de que sobraria dinheiro depois que a empresa pagasse uma parte significativa de suas dívidas, uma crença que os levaram a pedir que um comitê oficial os representassem no processo de concordata.
A formação desse tipo de comitê é rara nos Estados Unidos porque a legislação que rege concordatas e falências põe os acionistas no final da lista de quem recebe os pagamentos, o que significa que eles frequentemente ficam de mãos abanando e, desta forma, não precisam de representação oficial.
"Só por pura especulação e pela omissão da verdadeira extensão dos passivos dos devedores é que os detentores de ações supõem a possibilidade de qualquer recuperação (de seus recursos)", afirmou a Kodak em documentos judiciais protocolados ontem.
O grupo de acionistas que solicitou a criação do comitê disse no mês passado que, embora ainda seja incerto o valor da massa falida da Kodak, os ativos provavelmente "valem muito mais" do que os US$ 3,4 bilhões a US$ 4,3 bilhões estimados pela empresa.
A polêmica será discutida em uma audiência da Corte de Falência de Manhattan no próximo dia 18. As informações são da Dow Jones.