Valor representa uma redução ante as perdas de R$184 milhões registradas em igual período de 2012 e veio melhor que a expectativa de prejuízo de R$187 milhões (Klabin/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2013 às 10h06.
São Paulo - A fabricante de papel Klabin encerrou o segundo trimestre com um prejuízo líquido de 130 milhões de reais, devido aos impactos da valorização do dólar ante o real em sua dívida, informou a empresa nesta quinta-feira.
Ainda assim, o valor representa uma redução ante as perdas de 184 milhões de reais registradas em igual período de 2012 e veio melhor que a expectativa de prejuízo de 187 milhões de reais calculada pela média de estimativas de três analistas do setor.
Segundo a Klabin, a dívida líquida consolidada totalizou 3,437 bilhões de reais no segundo trimestre, ante 3,136 bilhões no primeiro e 3,014 bilhões de reais no período de abril a junho de 2012.
"A variação da taxa de câmbio elevou a dívida em moeda estrangeira", afirmou a maior produtora de papel para embalagens do Brasil no balanço. "Com a alta volatilidade do dólar durante o trimestre, as variações cambiais líquidas foram negativas em 354 milhões de reais", acrescentou a companhia, citando efeitos contábeis e sem efeito caixa significativo no curto prazo.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 10 por cento na mesma base de comparação, totalizando 309 milhões de reais, enquanto a margem passou de 27 para 28 por cento.
Na comparação com os três primeiros meses de 2013 houve queda de quase 20 por cento no Ebitda.
Já a receita líquida somou 1,094 bilhão de reais no segundo trimestre, uma alta de 6 por cento sobre igual período de 2012.
O volume de vendas ficou estável, tanto na comparação com o segundo trimestre de 2012 quanto em relação aos três primeiros meses deste ano, em 429 mil toneladas. O mercado brasileiro ficou com 70 por cento do volume vendido, um avanço sobre os 67 por de um ano antes.
No relatório de divulgação de resultados, a companhia voltou a afirmar que espera iniciar as operações do Projeto Puma, sua fábrica de celulose em Ortigueira (PR), no primeiro trimestre de 2016, conforme havia anunciado em junho.