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Klabin melhora resultado operacional com dólar e custos

Entre outubro e dezembro, a companhia somou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado de 508 milhões de reais, alta de 15%


	Klabin: entre outubro e dezembro, a companhia somou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado de 508 milhões de reais, alta de 15%
 (Marcelo Min)

Klabin: entre outubro e dezembro, a companhia somou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado de 508 milhões de reais, alta de 15% (Marcelo Min)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 10h07.

São Paulo - A produtora e exportadora de papéis Klabin viu seu resultado operacional subir acima das expectativas no quarto trimestre, beneficiada pela desvalorização do real e controle de despesas e custos no período.

Entre outubro e dezembro, a companhia somou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 508 milhões de reais, alta de 15 por cento na comparação anual e acima de projeção média de analistas, de 469,5 milhões de reais. 

Segundo a Klabin, mesmo excluído o valor não recorrente da venda de terras do Ebitda trimestral, a companhia registrou crescimento de 9 por cento no resultado, "em linha com o observado nos nove primeiros meses do ano".

Apesar da queda de 7 por cento no volume de vendas no quarto trimestre sobre um ano antes, a Klabin viu incremento de 2 por cento na receita líquida em mesmas bases, a 1,26 bilhão de reais.

A companhia foi ajudada pela desvalorização do real em relação ao dólar, que impulsionou a receita obtida no mercado externo.

Enquanto isso, as despesas operacionais totais recuaram 22 por cento na comparação com o mesmo trimestre de 2013, a 136 milhões de reais.

Por sua vez, o custo caixa unitário foi de 1.717 reais por tonelada, avanço de 2 por cento sobre o verificado um ano antes.

"Neste trimestre de instabilidade no mercado doméstico, a parada para reforma para aumento de capacidade na máquina de papéis de Angatuba (SP) e adaptação da nova capacidade da máquina nº 9 de cartões em Monte Alegre (PR) restringiram a produção de papéis e cartões da Klabin, com impacto no volume de vendas", disse a empresa.

A companhia ressalvou, porém, que atingiu seu 14o trimestre consecutivo de crescimento no Ebitda acumulado de 12 meses.

O prejuízo líquido da companhia veio em linha com as expectativas dos analistas, a 127 milhões de reais no trimestre, contra projeção média de 122 milhões.

No mesmo período de 2013, a linha ficara positiva em 22 milhões de reais. O prejuízo foi afetado sobretudo pela piora no resultado financeiro da empresa, com aumento das despesas financeiras e impacto negativo das variações cambiais líquidas - efeitos que já eram esperados pelo mercado.

"O resultado financeiro ao longo de 2014 foi influenciado pelo atual perfil de endividamento e posição de caixa da Klabin, estruturado para fazer frente aos investimentos necessários à nova planta de celulose", disse a empresa.

Às 10h55, as ações da companhia subiam 1,36 por cento, diante de alta de 0,09 por cento do Ibovespa.

Os analistas do Plural avaliaram que o desempenho da companhia veio marginalmente melhor que o estimado.

"A Klabin continua a oferecer um modelo de negócio de baixa volatilidade, e continuou mostrando taxas de crescimento decentes durante o quarto trimestre", afirmaram em nota a clientes.

Investimentos

A companhia fechou 2014 com investimentos de 2,9 bilhões de reais, com 2,2 bilhões desse montante direcionados ao Projeto Puma, a primeira fábrica de celulose do grupo.

"As obras têm caminhado dentro de prazo e cronograma estabelecidos previamente, e até dezembro de 2014 contavam com avanço físico de 38 por cento", disse a Klabin.

A Klabin encerrou o ano passado com endividamento líquido de 5,2 bilhões de reais, alta de 32 por cento sobre o ano anterior.

A relação entre endividamento líquido e Ebitda dos últimos 12 meses da companhia subiu para 3 vezes, ante alavancagem de 2,6 vezes no fim de 2013.

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