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Klabin ficará mais rentável com troca de presidente, dizem analistas

Comando da companhia será assumido por Fábio Schvartsman em fevereiro

EXAME.com (EXAME.com)

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Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 05h12.

São Paulo - A mudança do comando da centenária de celulose Klabin, anunciada recentemente, foi recebida com otimismo pelos analistas de mercado. A partir de fevereiro, quando Reinoldo Poernbacher passar o controle para Fábio Schvartsman, a expectativa é que a companhia tenha mais rentabilidade e faça novos investimentos.

“Acredito que o novo presidente será mais agressivo em relação a redução de custos e cobrança de resultados, fatores essenciais para tornar a empresa mais rentável como os analistas esperam”, afirma Luiz Otávio Broad, da Ágora Corretora.

A Klabin estava nas mãos de Poernbacher desde 2008 e, apesar do pouco tempo na presidência, o executivo estava desde 1990 na empresa. Aos 67 anos, a saída do engenheiro químico foi justificada pelo pedido de sua aposentadoria.

Em seu lugar; assume Schvartsman, 56 anos, atualmente presidente da San Antonio Internacional, empresa baseada em Houston, no Estado americano do Texas. Engenheiro de produção pela Escola Politécnica da USP, teve passagens pela Duratex, Ultra e Telemar Participações, além de integrar o conselho de administração do Pão de Açúcar.

“A falta de familiaridade com o setor de celulose não deve atrapalhar, já que ele tem um bom histórico no mercado e trouxe bons resultados nas empresas em que esteve”, diz Pedro Roberto Galdi, da SLW Corretora.

Caixa forte e investimentos

Logo que assumiu a presidência da Klabin, Reinoldo teve de lidar com o desafio trazido pela crise econômica mundial, em 2009. A queda das vendas e a valorização do dólar atrapalharam os resultados da companhia dentro e fora do país.

Com isso, uma de suas diretrizes de gestão era “trancar o cofre” em meio à turbulência financeira. A ideia era não assumir mais dívidas, enquanto o caixa não estivesse estabilizado e as vendas recuperadas. “Essa postura contribuiu para o atual patamar baixo de endividamento líquido da companhia, na casa dos 2,1 bilhões de reais”, diz Broad.

De janeiro a setembro, a companhia exibiu um faturamento de 2,7 bilhões de reais, valor 27% maior que o obtido no ano anterior. No entanto, o lucro foi de 335 milhões de reais, 9% inferior ao do ano passado.

“A expectativa com a troca de comando é que novos investimentos possam ser feitos pela companhia, já que a recuperação do mercado de celulose é rápida e a empresa precisa voltar a trazer lucro como antes”, afirma Galdi.

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