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Klabin compra negócio de papéis e papelão da IP por R$ 330 mi

O acordo marca a saída da IP do mercado de papéis para embalagem e papelão no Brasil. A operação de papelão é o foco da aquisição, segundo a Klabin

 (Klabin/Divulgação)

(Klabin/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2020 às 09h32.

Última atualização em 30 de março de 2020 às 09h39.

A Klabin anunciou na noite de domingo a aquisição do negócio de papéis para embalagens e papelão ondulado da International Paper do Brasil (IP) por 330 milhões de reais.

De acordo com a Klabin, os documentos necessários para a compra já foram assinados. O negócio prevê investimento de 280 milhões de reais a serem pagos no fechamento da operação e 50 milhões de reais depois de um ano, sujeito a condições contratuais.

A operação de papelão ondulado é o foco da operação, segundo disse a Klabin em comunicado. A fábrica da IP possui capacidade de produção de 305.000 toneladas anuais do produto e suas vendas representaram 6,6% de participação no mercado doméstico, segundo a Klabin, citando dados de 2018 da Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO).

No segmento de papéis para embalagens, a capacidade é de 310.000 toneladas anuais. Em apresentação divulgada ao mercado, a Klabin afirma ainda que há oportunidades de integração entre os ativos da IP e seu segmento próprio de papel.

"A transação está alinhada à estratégia da Klabin de crescimento nos negócios de papéis e embalagens de papel, ampliando a flexibilidade operacional da companhia e trazendo maior estabilidade aos seus resultados", disse a Klabin, em nota.

As operações da IP adquiridas pela Klabin ficam em Manaus, no Amazonas, Rio Verde, em Goiás, e em quatro cidades de São Paulo. Com a aquisição, a Klabin também começa a operar no Centro-Oeste, onde não estava anteriormente.

A Klabin afirma que a compra será paga com recursos próprios e que o negócio terá impacto "imaterial" em seus índices de alavancagem financeira. O negócio ainda precisa passar por aprovação do Cade, órgão de defesa da concorrência.

O acordo marca a saída da IP do mercado de papéis para embalagem e papelão no Brasil. A companhia americana tem ainda outras duas fábricas de papéis de impressão e para escrita no país.

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