Kesha: cantora ficou conhecida pela imagem de "festeira", mas passou anos enfrentando batalha judicial nos bastidores (Getty Images / Edição EXAME)
Repórter
Publicado em 19 de julho de 2025 às 06h00.
Havia uma época em que "Tik Tok" era sinônimo de Kesha, a cantora americana que explodiu nas paradas com o hit em 2010. Hoje, quinze anos depois, ela não é mais apenas uma estrela pop. Agora, é CEO da própria startup, a Smash, uma espécie de rede social para músicos.
Mas o caminho de Kesha para essa nova fase de sua vida profissional não foi fácil. Por anos, a artista foi vítima de contratos abusivos que a forçaram a lutar para recuperar os direitos sobre sua própria música.
“Eu passei por tanto para recuperar os direitos da minha própria voz”, afirma Kesha, referindo-se à longa batalha judicial que travou com o produtor, Dr. Luke. O caso, que envolvia acusações de abuso físico e um pedido para rescindir o contrato com a gravadora de Luke, foi encerrado em 2023 após nove anos na justiça.
“Agora, quero garantir que outros artistas possam trabalhar sem medo de perder o controle sobre sua arte”, disse a cantora, durante evento de anúncio da plataforma.
“Me ouço em todo lugar”: ela teve a voz vendida como se fosse de uma inteligência artificialAinda sem data de lançamento, a Smash foi projetada para ser muito mais do que uma simples rede social para músicos.
A plataforma oferece uma ferramenta para a criação de contratos claros e justos entre artistas, com a liberdade para negociar de acordo com as escolhas de cada um.
Seja para licenciar uma batida por um valor fixo ou dividir royalties ao longo do tempo, a Smash elimina a necessidade de intermediários tradicionais como gravadoras.
“A Smash vai devolver o poder para as mãos dos criadores”, disse Kesha durante o evento de anúncio. “Como artista, você tem uma visão e precisa de uma equipe para realizá-la, mas o mercado musical não oferece um espaço para isso. A única maneira de se unir é assinando contratos que muitas vezes não protegem o que é seu”, explicou.
Agora, com o apoio do irmão Lagan Sebert, cofundador da startup, Kesha reuniu um time de experts, incluindo Lars Rasmussen, cofundador do Google Maps e investidor da Canva, para tornar a plataforma realidade.