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Kai, da Infracommerce: compra da Synapcom atenderá melhor o e-commerce

A Infracommerce anunciou a aquisição da  Synapcom e agora trabalhará para oferecer serviços integrados aos clientes com operações de e-commerce. Empresa prevê crescimento na equipe, com mais de 150 vagas, e na receita

Kai Schoppen, fundador da Infracommerce (Infracommerce/Divulgação)

Kai Schoppen, fundador da Infracommerce (Infracommerce/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 27 de setembro de 2021 às 15h46.

Última atualização em 27 de setembro de 2021 às 19h33.

Em meio ao crescimento do comércio eletrônico no Brasil,  Infracommerce anunciou nesta segunda-feira, 27, a aquisição da  Synapcom por 773 milhões de reais em dinheiro, mais 27 milhões em ações a serem emitidas no fechamento da operação. Juntas, elas serão capazes de oferecer ainda mais serviços de sistemas, logística, e todas as outras áreas necessárias para o melhor funcionamento de e-commerces. Isto porque ambas trabalham com o conceito de as a service, quando a integração das funcionalidades para que o cliente encontre toda a jornada operacional que precisa para os negócios em um só lugar.

"Estávamos há mais de seis meses nessa negociação. Entendemos como a Synapcom pode contribuir para o nosso crescimento ao unirmos forças e clientes. Vamos fazer essa operação de forma integrada, mantendo os times e até mesmo ofertando mais de 150 novas vagas", diz Kai Schoppen, fundador da Infracommerce, em entrevista à EXAME.

Com a transação, a companhia o maior ecossistema digital independente para e-commerce da América Latina e conclui, apenas quatro meses após o IPO, sua primeira fase da estratégia de aquisição de olho no crescimento e planejamento a longo prazo.

"Faturamos 230 milhões de reais no ano passado e esperamos triplicar de tamanho até 2022, sendo a Synapcom bastante importante para este resultado. Traçamos jornadas paralelas nos últimos dez anos, e percebemos como podemos ser melhores juntos, focando no que cada empresa faz de melhor", diz Schoppen.

Segundo o executivo, a notícia foi bem recebida pelos clientes, que poderão contar com mais serviços em um só lugar. "Eles passam a ter onze centro logísticos, mais de 500 desenvolvedores, e 2.500 funcionários para desenvolver operações robustas de e-commerce".

A aquisição traz uma ampla possibilidade de cross sell, principalmente das soluções de tecnologia omnichannel, oferecendo aos clientes da Synapcom uma digitalização do B2B, e reforçando o posicionamento da Infracommerce como solução para D2C (Direct to Consumer) para as marcas que querem investir em um alto nível de serviço em suas operações dentro de casa.

"Estamos muito felizes em fortalecer o ecossistema da Infracommerce e assim oferecer maior diversidade de soluções para centenas de marcas e indústrias. Vamos prosperar juntos por meio de uma solução integrada que combina plataforma omnichannel, dados, fintech e fulfillment", diz Eduardo Fregonesi, CEO e fundador da Synapcom.

Com uma carteira de mais de 60 clientes como Samsung, Phillips, Hypera, Goodyear e Porto Seguro, a Synapcom movimenta atualmente mais de 15 milhões de itens em sua operação.

Para o setor, a novidade significa o aumento da competição em relação aos níveis de serviço. "Com o crescimento do e-commerce no Brasil, as indústrias serão beneficiadas com um serviço mais robusto. Além disso, o setor deve continuar crescendo nos próximos anos, fazendo com que essas e outras empresas de tecnologia aproveitem as oportunidades", diz Alexandre Machado, consultor de varejo na Gouvêa Consulting.

Perspectivas Futuras

Apenas quatro meses após o IPO, a Infracommerce fez as aquisições da Summa; Tatix e, agora, Synapcom. Em cima desta base, o foco dos próximos investimentos, além da expansão do omnichannel B2C, é no segmento de abastecimento B2B, onde a Infracommerce tem oportunidades de crescimento.

"Somos uma empresa que já nasceu tecnológica e digital. Agora, vamos levar essa expertise também para o offline, digitalizando o mundo físico para fortalecer a integração entre os canais e aumentar a rentabilidade da operação, com grande foco no B2B, além do que já construímos no B2C", finaliza Schoppen.

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