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Justiça rejeita mudar tutela de herdeira da Lóreal

Decisão da justiça francesa manteve a filha de Liliane Bettencourt como responsável por cuidar da fortuna da mãe

Liliane Bettencourt queria uma mudança na tutela para cuidar da própria fortuna (Francois Durand/Getty Images)

Liliane Bettencourt queria uma mudança na tutela para cuidar da própria fortuna (Francois Durand/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2012 às 13h55.

Paris -A Justiça da França decidiu nesta quarta-feira que a multimilionária francesa Liliane Bettencourt, herdeira do império cosmético da L'Oréal, continuará sob a tutela de sua filha Françoise e de seus dois netos.

Liliane, de 89 anos, tinha recorrido à sentença decretada em outubro e desejava ficar somente sob 'custódia reforçada', um regime de proteção que segundo informou nesta quarta-feira a imprensa francesa, teria lhe permitido evitar que a filha cuidasse de seu patrimônio.

De acordo com o jornal 'France-Soir' a idosa queria que seu neto Jean-Victor Meyers, de 25 anos, e filho de Françoise, fosse seu único tutor, além de pedir que a gestão de seus bens e patrimônio fosse entregue a terceiros.

O Tribunal de Apelação de Versalhes, no entanto, confirmou hoje a sentença ditada em 14 de dezembro pelo juiz de tutelas de Courbevoie.

Sua defesa considerava que, se as exigências de Bettencourt, dona da terceira maior fortuna da França, cujo valor chega a US$ 22 bilhões segundo a revista 'Forbes', fossem aceitas, não seria necessário que fosse 'controlada ou aconselhada'.

Porém, o novo quadro é que Liliane continua privada do controle de seus negócios, pois de acordo com um relatório médico publicado em outubro, ela sofre de 'demência mista' e mal de Alzheimer em um 'estado moderadamente severo'.

Antes que o julgamento fosse iniciado, a emissora de rádio 'France Info' divulgou que os advogados da filha acreditavam que o processo não 'impediria a reconciliação' entre ambas, que brigaram em 2009, quando Françoise a acusou de dilapidar grande parte de seu patrimônio em favor do fotógrafo François-Marie Banier, seu amigo.

Tanto Banier como Patrice de Maistre, ex-gestor de sua fortuna, são acusados de abuso de fraqueza, cumplicidade em abuso de confiança, fraude e lavagem de dinheiro, e, após serem detidos em dezembro, foram libertados sob controle judicial um dia após o pagamento de fianças. 

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