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Justiça proíbe Samsung de humilhar funcionários

Liminar da 8ª Vara do Trabalho de Campinas impede que companhia use punições não previstas em lei

A Samsung nega ter cometido abusos contra os empregados da fábrica de Campinas (Germano Luders/EXAME)

A Samsung nega ter cometido abusos contra os empregados da fábrica de Campinas (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 15h59.

São Paulo - Os gestores da fábrica da Samsung de Campinas, no interior de São Paulo, estão proibidos de maltratar funcionários. A decisão foi tomada em caráter liminar pelo juiz André Augusto Ulpiano Rizzardo, da 8ª Vara do Trabalho de Campinas, depois de receber uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), com a denúncia de que chefes coreanos da empresa tratavam os subordinados de forma agressiva, desrespeitosa e embaraçosa, inclusive com gritos e palavrões.

A liminar impede que a empresa trate empregados de forma não prevista em lei e, caso descumpra as determinações, poderá pagar multa de 10 mil reais por vítima. Além de exigir o cumprimento da decisão e o estabelecimento de atitudes mais respeitosas dentro da empresa, o MPT pede a condenação da Samsung a pagar 20 milhões de reais por danos morais coletivos.

Truculência

Depoimentos colhidos pelo MPT revelaram que as agressões verbais feitas de gerentes para funcionários eram comuns na fábrica da Samsung em Campinas. Funcionárias chorando nos banheiros, ameaças de demissão daqueles com produção atrasada e constrangimentos públicos também eram recorrentes, de acordo com o inquérito. Em decorrência dos abalos emocionais, funcionários da fábrica chegaram a ser afastados de suas atividades, apresentando depressão, estresse e síndrome do pânico.

A Samsung nega o abuso na relação com os funcionários e alega que cumpre rigorosamente a legislação atual. A empresa se recusou a entrar em acordo extrajudicial com o Ministério Público do Trabalho.

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