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Justiça proíbe JBS de demitir sob multa de R$ 10 milhões

Objetivo é evitar desligamentos em massa sem acordo coletivo, como já teria acontecido em uma unidade da empresa


	JBS: frigorífico teria demitido 650 funcionários sem acordo coletivo no MT
 (Diego Giudice/Bloomberg)

JBS: frigorífico teria demitido 650 funcionários sem acordo coletivo no MT (Diego Giudice/Bloomberg)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 29 de maio de 2015 às 18h40.

São Paulo - A JBS, dona da Friboi, está proibida pela Justiça de demitir funcionários e encerrar as atividades no frigorífico de Araputanga, no Mato Grosso, sob pena de multa de 10 milhões de reais.

A decisão foi tomada em caráter liminar pelo juiz André Araújo Molina, da Vara do Trabalho de Mirassol D'Oeste.

Ela visa impedir desligamentos em massa sem negociação coletiva, como o que teria ocorrido com 650 trabalhadores da unidade de São José dos Quatro Marcos, também no Mato Grosso,  fechada há cerca de um mês.

A proibição deve ser mantida pelo menos até o dia 12 junho, para quando está marcada uma conciliação entre as partes. Na ação, o MPT-MT pede ainda que a JBS desembolse 62 milhões de reais.

Desse total, 30 milhões de reais seriam usados para pagar danos morais coletivos e 32 milhões de reais para indenizar os empregados que já foram desligados.

De acordo com o procurador do Trabalho Leomar Daroncho, as demissões seriam preocupantes porque a companhia é o maior empregador privado tanto em São José dos Quatro Marcos quanto em Araputanga e a mão de obra que ficaria disponível não poderia ser absorvida.

Procurada, a JBS informou que "não tem e nunca teve a intenção de fechar a unidade de Araputanga". A companhia disse ainda que está ampliando em 15% a produção na planta. 

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