Negócios

Justiça pede bloqueio de bens da Iesa e Petrobras

Justiça quer garantir o pagamento das verbas rescisórias de cerca de 1 mil trabalhadores que correm o risco de serem dispensados


	Petrobras: companhia rescindiu o contrato firmado com a Iesa no Rio Grande do Sul
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: companhia rescindiu o contrato firmado com a Iesa no Rio Grande do Sul (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 20h15.

Porto Alegre - A Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de valores em contas bancárias da Iesa Óleo e Gás e da Petrobras, como forma de garantir o pagamento das verbas rescisórias de cerca de 1 mil trabalhadores que correm o risco de serem dispensados da planta da Iesa no Polo Naval de Charqueadas, a 60 quilômetros de Porto Alegre.

Semana passada, após a notícia do envolvimento de diretores da Iesa na Operação Lava Jato, a Petrobras rescindiu o contrato firmado com a empresa no Rio Grande do Sul para a produção de módulos de plataformas do pré-sal, no valor de US$ 800 milhões.

Com a notícia, a Iesa informou que os colaboradores que atuavam no projeto em Charqueadas seriam dispensados.

Como a companhia está mergulhada em uma crise financeira - o grupo Inepar, que controla a Iesa, entrou com pedido de recuperação judicial em setembro -, representantes sindicais protocolaram uma ação junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, para zelar pelos direitos dos trabalhadores.

De acordo com a decisão da juíza Lila França, titular da Vara de Trabalho de São Jerônimo, ficarão bloqueados valores até o limite de R$ 30 milhões, quantia que servirá para pagar os salários e as indenizações aos funcionários, caso a demissão se concretize.

A magistrada também ordenou o rastreio de veículos em nome das empresas demandadas, além do sequestro de bens - especialmente os compressores da Petrobras existentes no pátio da Iesa.

No último sábado, a juíza já havia determinado que a Iesa colocasse em licença remunerada os trabalhadores que pretendia demitir, sob pena de multa de R$ 100 milhões em caso de descumprimento.

De acordo com a magistrada, a demissão em massa, se ocorresse, deveria ser negociada coletivamente.

Em nota, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região informou que a juíza está em contato com o Ministério Público para agendar uma audiência entre as partes o mais breve possível.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasDemissõesDesempregoDireitos trabalhistasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisgestao-de-negociosIndústria do petróleoJustiçaPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões