Ministério Público: de acordo com órgão, empresa está diretamente envolvida com as fraudes apuradas na Operação Encilhamento (Wikicommons/Wikimedia Commons)
Reuters
Publicado em 11 de julho de 2018 às 18h39.
São Paulo - Os sócios-controladores e dois funcionários da corretora Gradual se tornaram réus em ação penal pelos crimes de gestão fraudulenta, desvio de recursos, emissão de debêntures sem lastro de fundos e uso de documentos falsos, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo.
O MPF-SP disse nesta quarta-feira que o juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, recebeu integralmente no último dia 5 denúncia oferecida pelo MPF em São Paulo no início deste mês de julho.
Segundo a denúncia, os controladores da Gradual, Fernanda Ferraz de Braga Lima e Gabriel Paulo Gouvêa de Freitas Júnior, auxiliados pela contadora Meire Bomfim da Silva Poza e pelo corretor Fabrício Fernandes Ferreira da Silva, cometeram juntos seis crimes de gestão fraudulenta entre janeiro de 2016 e agosto de 2017.
De acordo com o MPF-SP, a empresa está diretamente envolvida com as fraudes apuradas na Operação Encilhamento, realizada em conjunto pelo MPF-SP, Polícia Federal e Receita Federal.
Procurada pela Reuters, a defesa de Fernanda de Lima e Gabriel de Freitas disse que "não teve acesso ao teor da denúncia, mas está certa que tudo será esclarecido ao tempo e no decorrer do processo".
Em maio, o Banco Central anunciou a liquidação extrajudicial da Gradual Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários por "graves violações às normas legais e regulamentares".