Barragem se rompe e lama invade Brumadinho, na Grande BH: Vale terá de enviar relatórios diários sobre as ações detalhando a quantidade de animais recolhidos (Washington Alves/Reuters)
AFP
Publicado em 27 de janeiro de 2019 às 12h48.
A justiça brasileira já bloqueou 11 bilhões de reais da Vale para compensar os prejuízos e danos ambientais provocados pelo rompimento de uma barragem em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte, informaram fontes oficiais.
O Ministério Público de Minas Gerais informou que no sábado à noite a justiça congelou 5 bilhões de reais. Este valor é adicionado a duas ações prévias, uma de 5 bilhões e outra de um bilhão, após a tragédia que até o momento deixou 37 mortos e mais de 250 desaparecidos.
Todas as decisões são cautelares e, a pedido do governo e do MP de Minas Gerais, foram determinadas após o rompimento de uma barragem de contenção de rejeitos na sexta-feira no município de Brumadinho, a 60 km da capital do estado.
De acordo com o balanço mais recente, a catástrofe deixou 37 mortos, 256 desaparecidos e um número indeterminado de desabrigados, além de ter provocado danos materiais e ambientais.
Além do bloqueio de bens, a última medida judicial determina que a empresa deve assumir a responsabilidade da assistência às vítimas e seus parentes, entre outros dispositivos.
A justiça afirma em um comunicado que "em caso de inexistência do valor (estipulado), devem ser declarados indisponíveis bens como automóveis e imóveis".
A Vale também recebeu no fim de semana uma uma multa do governo federal de 250 milhões de reais e outra do governo de Minas Gerais de R$ 99 milhões.