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Justiça arquiva ação milionária da Sadia contra ex-diretor financeiro

STJ rejeitou recurso da companhia, que queria atribuir a Adriano Ferreira a responsabilidade pelos prejuízos de operações com derivativos durante a crise de 2008

EXAME.com (EXAME.com)

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Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 27 de junho de 2012 às 17h08.

São Paulo – A Sadia, subsidiária da Brasil Foods, perdeu hoje na Justiça a ação milionária que movia contra seu ex-diretor financeiro Adriano Ferreira, acusado pela empresa como único o responsável pelo prejuízo de 2,5 bilhões de reais com derivativos, durante a crise financeira de 2008.

O Superior Tribunal de Justiça rejeitou o recurso especial da companhia contra a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que, em agosto de 2010, extinguiu, sem julgamento do mérito, a ação milionária.

O prejuízo de 2,5 bilhões de reais em operações com derivativos, consideradas de alto risco, foram feitos para amenizar o impacto da crise financeira de 2008. Os contratos cambiais, firmados na queda do dólar, renderam lucros à Sadia, mas em setembro a situação se inverteu, depois da desvalorização do real. O resultado foi um prejuízo bilionário e a demissão de a exposição líquida da Sadia aos chamados contratos de “hedge” cambial era de Ferreira, apontado como responsável pelo prejuízo.

A decisão dos ministros foi unânime e a Sadia não pode mais recorrer. O resultado coloca fim a uma milionária disputa judicial que se arrastava há quatro anos. Adriano Ferreira integrou por seis anos o quadro de funcionários da Sadia. Segundo o executivo, no tempo em que esteve na companhia atuou como diretor financeiro, diretor de desenvolvimento corporativo, diretor da Concordia Holding Financeira, diretor do Instituto Sadia de Sustentabilidade e membro do Conselho Consultivo da Fundação Atílio Fontana.

Com a ação de indenização, a Sadia tentava reaver do ex-diretor as perdas sofridas. “A Justiça entendeu que, uma vez aprovadas as contas, não se justifica buscar a responsabilidade por atos de gestão”, afirma Edgard Silveira Bueno, um dos advogados que defenderam o executivo na ação.

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