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Juntas, GM e Peugeot farão dois novos carros este ano

Modelos devem chegar ao mercado mundial em 2016 e sinaliza uma nova maneira de fazer negócios entre as montadoras

Parceria GM e Peugeot: primeiro veículo a ser vendido será um carro "míni", como o modelo Celta e C3  (Divulgação)

Parceria GM e Peugeot: primeiro veículo a ser vendido será um carro "míni", como o modelo Celta e C3 (Divulgação)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 19 de março de 2012 às 13h52.

São Paulo - A americana General Motors e a PSA Peugeot Citroën, da França, querem começar a desenvolver em conjunto pelo menos dois carros de passeio ainda este ano, disse o diretor-presidente da GM, Dan Akerson, ao The Wall Streel Journal. A parceria entre as montadoras seria, de acordo com o executivo, uma nova maneira de fazer negócios.

Os carros devem chegar ao mercado mundial em 2016, disse Akerson. O primeiro veículo a ser vendido sob a aliança provavelmente será um carro "míni" para o mercado sul-americano, disseram essas pessoas, como os modelos Corsa e Celta, da GM no Brasil, e C3, da Peugoet Citroën. O segundo modelo seria um sedã maior no segundo semestre.

A parceria entre as duas montadoras vai muito além da sociedade para compras conjuntas e compartilhamento de peças anunciada este mês, afirmou o executivo. A GM, disse ele, já começou a transferir alguns executivos para a Europa para trabalhar na expansão da aliança.

Pelo novo acordo, a GM aceitou pagar cerca de 420 milhões de dólares por uma participação de 7% na Peugeot. A compra é parte de uma iniciativa mais ampla da Peugeot para levantar dinheiro por meio de uma oferta de direitos. As fabricantes de veículos afirmaram que um consórcio de compras conjuntas deve trazer para cada companhia economias de pelo menos US$ 1 bilhão por ano, a partir de 2017.

Desenvolver veículos em conjunto poderia responder por bilhões de dólares em economias – as montadoras reduzir pelo menos 1 bilhão de dólares por ano em custos, a partir de 2017. A GM e a Peugeot pretendem se unir em vários mercados, em vez de se concentrarem na Europa. Mas especialistas do setor acham que a GM e a Peugeot vão ter dificuldades para atingir essas economias por alianças semelhantes terem se mostrado decepcionantes no passado.

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