O processo é sobre fraude fiscal de 1,4 bilhão de dólares entre 2004 e 2005. (Alberto Pizzoli/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2010 às 21h06.
Roma - Uma juíza de Milão pediu nesta sexta-feira a abertura de um processo contra os criadores da marca italiana Dolce & Gabbana, por fraude fiscal de 1,4 bilhão de dólares entre 2004 e 2005, informou a imprensa italiana.
A magistrada Laura Pedio considera que Domenico Dolce, 52 anos, e Stefano Gabbana, 48 anos, devem ser julgados ao lado de outras pessoas por fraude contra o Estado Italiano e falhas nas declarações de impostos.
No dia 16 de outubro, o jornal Sole 24 Ore revelou que as duas estrelas da moda italiana e outras cinco pessoas estavam sendo investigadas por fraude fiscal de 840 milhões de euros.
A justiça suspeita que eles criaram em 2004 e 2005 uma empresa fantasma em Luxemburgo à qual repassaram o controle das marcas do grupo para evitar o fisco italiano.
A empresa luxemburguesa Gado era administrada, de fato, da Itália.
Fundado em 1985, o grupo Dolce & Gabbana tinha mais 3.000 funcionários, 116 lojas e 17 fábricas de produção em 2009, segundo o site da marca.
O fisco italiano anunciou em 2008 uma investigação contra os dois estilistas por duas empresas fantasmas.
Domenico Dolce e Stefano Gabbana estão na lista de italianos mais ricos.