Negócios

Johnson & Johnson tem lucro 55% maior com vendas de remédios contra febre

A Johnson é a primeira farmacêutica americana a divulgar os resultados depois do início da pandemia e irá investir US$ 1 bilhão em uma potencial vacina

Johnson & Johnson: medicamentos para reduzir febre e dor, como Tylenol e Motrin, tiveram aumento nas vendas (Cristina Arias/Getty Images)

Johnson & Johnson: medicamentos para reduzir febre e dor, como Tylenol e Motrin, tiveram aumento nas vendas (Cristina Arias/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 14 de abril de 2020 às 11h19.

Última atualização em 14 de abril de 2020 às 21h06.

Com a pandemia do novo coronavírus e mais consumidores buscando remédios para aliviar dores e febre, a farmacêutica Johnson & Johnson reportou resultados positivos no primeiro trimestre do ano. As vendas alcançaram 20,7 bilhões de dólares no primeiro trimestre do ano, alta de 3,3%, e lucro de 5,8 bilhões de dólares, alta de 54,6%. Como resposta, as ações da companhia abriram o dia em alta de 2,7%.

A Johnson é a primeira farmacêutica americana a divulgar os resultados depois do início da pandemia. O principal motor para a alta nas receitas foi a divisão de medicamentos de venda sem prescrição médica, com vendas de 3,6 bilhões de dólares, alta de 9,2%.

Com a pandemia, mais consumidores buscaram medicamentos para reduzir febre e dor, impulsionando a venda de marcas como Tylenol e Motrin, e para alívio de sintomas nasais, com a marca Zyrtec.

A divisão também reportou alta nas vendas de produtos digestivos naturais, com a marca Zarbee's Natural, do enxaguante bucal Listerine e dos produtos de cuidados para a pele Neutrogena e Aveeno, entre outros.

"Os resultados da divisão Saúde do Consumidor, na maioria das franquias, foram impactados positivamente pelo aumento da demanda relacionada à pandemia da covid-19", disse a empresa na divulgação dos resultados.

Já a divisão de equipamentos médicos viu queda de 8,2% nas vendas, para 5,9 bilhões de dólares, já que clínicas e hospitais postergaram cirurgias e procedimentos eletivos. A maior divisão da empresa, a farmacêutica, reportou vendas de 11,1 bilhões de dólares, alta de 8,7%.

"Com a história centenária da Johnson & Johnson de liderar em tempos de grandes desafios, estamos mobilizando nossos recursos em toda a companhia na luta contra a pandemia da covid-19. A Johnson & Johnson foi construída para tempos como esses e estamos alavancando nossa experiência científica, escala operacional e força financeira no esforço de avançar o trabalho na nossa candidata a vacina contra a covid-19", afirmou Alex Gorsky, presidente do conselho e presidente executivo da empresa.

Vacina

No final de março, a companhia anunciou que escolheu uma possível candidata a vacina contra a covid-19.

A empresa irá investir mais de 1 bilhão de dólares junto com o governo dos Estados Unidos na pesquisa do fármaco, para aumentar suas capacidades produtivas.

Ela espera iniciar os testes clínicos com humanos em setembro deste ano e prevê distribuir 1 bilhão de doses a partir do início do ano que vem em uma autorização de emergência, "um prazo substancialmente acelerado em comparação com o processo típico de desenvolvimento de vacinas", diz a empresa.

Acompanhe tudo sobre:FarmáciasJohnson & JohnsonRemédiosVacinas

Mais de Negócios

Do burnout à criação da primeira marca brasileira de roupa íntima para adolescentes

O que cinco CEOs aprenderam ao se tornarem “funcionários disfarçados”

Como esse executivo deixou seus funcionários milionários ao vender startup por US$ 3,7 bi

Essa jurada do Shark Tank criou um negócio de US$ 100 mi – mas antes tinha dívidas de US$ 60 mil