Negócios

Johnson & Johnson é multada por talco infantil causar câncer

Vítima morreu com 62 anos, depois de ter usado talco por 35 anos para sua higiene íntima

Talco para bebês da Johnson & Johnson: mulher morreu de câncer de ovário depois de usar o produto por 35 anos (REUTERS/Lucas Jackson)

Talco para bebês da Johnson & Johnson: mulher morreu de câncer de ovário depois de usar o produto por 35 anos (REUTERS/Lucas Jackson)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 17h08.

São Paulo - A Johnson & Johnson foi obrigada a pagar 72 milhões de dólares à família de uma mulher que morreu de câncer de ovário, vítima de uso contínuo de sua linha de talcos, inclusive o voltado a bebês.

A corte de St Louis, nos Estados Unidos, condenou a empresa de produtos de higiene pessoal por não alertar o público sobre os males que o talco poderia causar se fosse usado continuamente.

Jacqueline Fox, autora da ação, faleceu com 62 anos, depois de ter usado o talco para bebês Johnson’s Baby Powder e o talco para mulheres Shower to Shower por 35 anos para sua higiene íntima.

Segundo processo, ela desenvolveu câncer de ovário por conta desses produtos. Cerca de metade da indenização será doada para um fundo que atende vítimas de crimes de Missouri.

Um dos jurados, Jerome Kendrick, afirmou que a empresa “tentou cobrir [os danos do produto] e influenciar associações que regulam cosméticos”.

O advogado da família, Jere Beasley, disse que a companhia “sabia desde 1980 dos riscos”, mas manteve essas informações afastadas do público e de agências regulatórias, segundo o jornal local de St Louis.

Depois que o caso de Jacqueline Fox se tornou conhecido, outros 1.200 processos contra a Johnson foram abertos em cortes nos Estados Unidos.

A empresa, que deverá recorrer, divulgou uma nota afirmando que o produto é seguro.

Uma porta-voz da empresa afirmou que “não poderíamos ter uma preocupação maior com a saúde e segurança dos nossos consumidores e estamos decepcionados com os resultados do julgamento”. 

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasJohnson & Johnsonhigiene-pessoal-e-belezaIndenizaçõesProcessos judiciais

Mais de Negócios

Plano&Plano se destaca em Imobiliário e Construção Civil no ranking da EXAME

Ex-funcionário compra rede de restaurantes onde começou aos 15 anos: ‘É inacreditável’

‘Nunca olhamos para trás’: como um negócio de US$ 50 está prestes a chegar em US$ 500 mil

O novo plano da mineira Algar para crescer com internet: se aliar a um negócio de R$ 7 bilhões