Negócios

Jobim questiona transferência de tecnologia pela Boeing

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, indicou hoje que o seguro oferecido pela Boeing para a transferência de tecnologia nos caças F-18 Super Hornet - que disputam licitação para renovação da frota de caças da Aeronáutica brasileira - aumentou as dúvidas do Brasil no negócio. Segundo ele, a oferta, feita pela empresa em carta de […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, indicou hoje que o seguro oferecido pela Boeing para a transferência de tecnologia nos caças F-18 Super Hornet - que disputam licitação para renovação da frota de caças da Aeronáutica brasileira - aumentou as dúvidas do Brasil no negócio. Segundo ele, a oferta, feita pela empresa em carta de novembro de 2009, demonstrou que a própria companhia americana não está segura em relação à transferência que promete fazer para ganhar a licitação, também disputada pela francesa Dassault (com o Rafale) e pela sueca Saab (com o Grippen).

"Estou examinando (a proposição)", disse Jobim, após aula magna na Escola de Guerra Naval (EGN). "Na hipótese de não haver transferência de tecnologia, oferecem o pagamento de 5% do valor da tecnologia a ser transferida. O que de um lado é interessante mas de outro também é demonstração de que a própria Boeing não tem segurança. Porque o governo americano tem várias agências que decidem, inclusive o Congresso, que tem de aprovar essas transferências. O Congresso lá é muito forte." Ele lembrou que nos EUA essas decisões são das secretarias da Defesa e de Estado além de dependerem de leis do Senado

Jobim afirmou também que o Ministério da Defesa tomará uma posição no caso, em 20 dias. "Não é transferir para o presidente o ônus de escolher A, B, C. O que estou fazendo? Vou tomar uma posição. Vou dizer: olha, por isso, por isso, por isso, a melhor opção é xis", afirmou. O ministro esclareceu que sua posição não será necessariamente a mesma que a da Aeronáutica, que já mostrou preferir o avião sueco. "Será a posição do Ministério da Defesa. O que importa é a posição do Ministério da Defesa", disse

Segundo Jobim, essa posição será discutida no Conselho de Defesa Nacional, órgão de aconselhamento do presidente da República, formada pelo próprio presidente, pelo vice-presidente, pelos ministros de Relações Exteriores, Defesa, Justiça e Planejamento e pelos presidentes da Câmara e do Senado. "A decisão final é do presidente", declarou.

Jobim lembrou que, na aprovação da Estratégia Nacional de Defesa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também recorreu ao CDN
 

Acompanhe tudo sobre:PersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilLuiz Inácio Lula da Silva

Mais de Negócios

Get in the Ring 2025: inscrições abertas para o duelo de startups no ringue

Aço Gerdau está presente na maior rampa de skate do mundo, em Porto Alegre

Quatro empreendedores que provam que um negócio de sucesso pode nascer do fracasso

Tufão Ragasa leva seguradoras chinesas a reforçar prevenção de riscos com tecnologia