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J&F movimentou R$ 248 bi de forma suspeita em 14 anos, diz VEJA

A revista teve acesso a documento de 139 páginas, que detalha os caminhos do dinheiro destinado a políticos, ministros e partidos

Wesley Batista, da JBS, preso em setembro. (Rafael Arbex/Estadão Conteúdo)

Wesley Batista, da JBS, preso em setembro. (Rafael Arbex/Estadão Conteúdo)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 21h55.

Última atualização em 28 de setembro de 2017 às 22h26.

São Paulo - As empresas do grupo J&F, dono da gigante de alimentos JBS, movimentaram 248 bilhões de reais em transações suspeitas nos últimos 14 anos. Essa conclusão está nas 139 páginas de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda responsável pela prevenção e pelo combate à lavagem de dinheiro. Documento é citado pela Revista VEJA na edição que chega às bancas nesta sexta-feira, 29.

Segundo a reportagem, o material é considerado um dos mais complexos já produzidos pelo Coaf, e comprova parte do que executivos da JBS confessaram em delação premiada. Os documentos também trazem casos novos e detalham caminhos percorridos pelo dinheiro que era destinado a parlamentares, ministros, ex-ministros, partidos políticos ou operadores de propinas.

Na última quinta-feira, 21, os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, foram indiciados pela Polícia Federal por uso indevido de informações privilegiadas e manipulação do mercado de ações para alcançar lucros extraordinários. Os executivos estão presos na Superintendência da PF, em São Paulo, desde a semana retrasada.

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