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Jeep considera América Latina peça fundamental para expansão

O ano de 2016 representa um momento histórico para a Jeep: a marca completa seus 75 anos no meio do melhor momento de sua história


	Jeep: "Em nosso 75º aniversário, temos que bater o recorde mundial de 2015, que foi um grande ano para a marca"
 (Divulgação)

Jeep: "Em nosso 75º aniversário, temos que bater o recorde mundial de 2015, que foi um grande ano para a marca" (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 13h18.

Detroit - A Jeep considera que tem um "grande potencial de crescimento" na América Latina e a vê como uma peça fundamental em sua estratégia de crescimento, quase um ano após a abertura de sua primeira fábrica na região, no Brasil, e no momento em que a marca comemora seu 75º aniversário.

O ano de 2016 representa um momento histórico para a Jeep, especialista em veículos off-road e SUVs do grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA): a marca completa seus 75 anos no meio do melhor momento de sua história e com planos de expansão por todo o mundo.

No ano passado, a Jeep teve um ano recorde com a venda de mais de 1,2 milhão de veículos em todo o mundo.

E a FCA acaba de revisar para cima as vendas previstas para 2018, que agora situa em cerca de 2 milhões de unidades.

A América Latina, em geral, e o Brasil, em particular, têm um papel fundamental nesses planos de expansão sem precedentes.

Como explicou à Efe o diretor da marca Jeep na América Latina, Sérgio Ferreira, "há um grande potencial de crescimento na região".

"O ano de 2016 será de consolidação na liderança do modelo Renegade no Brasil e o do lançamento deste veículo em vários mercados da América Latina. O próximo passo será o lançamento de outro veículo Jeep produzido em Goiana, Pernambuco", declarou.

O otimismo de Ferreira se baseia no fato de que, em 2015, o segmento de off-roads representou apenas 15,3% das vendas na América Latina, e 12,5% no Brasil, muito abaixo da média mundial de 25%.

"Vemos um grande potencial de crescimento nos mercados da região, especialmente para os SUVs, algo comparável com alguns mercados asiáticos" acrescentou.

"O Brasil já está alcançando excelentes resultados para a marca. Em 2015, a Jeep ficou entre as 10 principais no país, superando montadoras estabelecidas há décadas", argumentou.

"O Renegade agora representa 3,2% das vendas totais no mercado. Argentina, Chile, Colômbia e Peru também têm boas condições de crescimento para a marca", prosseguiu.

O presidente da Jeep, Mike Manley, disse à Efe que o objetivo de vender cerca de 2 milhões de unidades até 2018, é um desafio monumental, mas alcançável devido aos planos de crescimento global da empresa.

"Se executarmos bem e seguirmos acertando com o produto adequado nas próximas gerações de veículos como fizemos com o Renegade, acredito que tudo funcionará e em 2018 estaremos alcançando cerca de 2 milhões de unidades. O que será formidável se pensarmos que em 2009 vendemos 330 mil", declarou Manley.

Embora a economia mundial esteja destinada a um arrefecimento em 2016, Manley considera que a Jeep ultrapassará neste ano o recorde de 1,2 milhão de veículos vendidos em 2015, graças em grande parte ao mercado chinês.

O principal diretor da Jeep considera que, em 2016, o mercado americano crescerá ligeiramente, assim como o da Europa, após um ano recorde no qual foram vendidos mais de 17,5 milhões de veículos novos.

"O que também nos ajudará é que neste ano começamos a produção local, na China, do Cherokee, o que nos permitirá superar o ano passado", explicou.

"Em nosso 75º aniversário, temos que bater o recorde mundial de 2015, que foi um grande ano para a marca e do qual estou muito satisfeito", acrescentou Manley, que lembrou que 2016 também será o ano do lançamento de um novo Jeep do segmento C que substituirá os modelos Compass e Patriot.

Na Europa, o cenário é similar. Steve Zanlughi, diretor da marca Jeep na Europa, no Oriente Médio e na África (EOMA), destacou o sucesso do novo Renegade, que é produzido na Itália para esta região.

"Em 2015, o sucesso da Jeep foi propulsado pelo Renegade, um SUV compacto que entrou no mercado em setembro de 2014 em todos os países da região. O Renegade representa 49,8% de nossas vendas", explicou.

"A Jeep está crescendo em todas as regiões, e em EOMA mais que em qualquer outro lugar. A marca teve seu melhor ano na região em 2015, com 117.620 unidades, 55,7% de crescimento, o que a transformou na segunda região com mais vendas no mundo, atrás da América do Norte", acrescentou.

Mark Allen, diretor de design da Jeep, e Jim Morrison, responsável de Marketing do Produto, consideram que o sucesso que a Jeep está vivendo em seu 75º aniversário é fruto de sua gama de produtos e seu legado histórico.

"A chave do sucesso da Jeep se resume em seus produtos. Uma gama de produtos sólida que continuou sendo ampliada e se tornando cada vez mais relevante para um crescente número de clientes como fizemos aqui nos Estados Unidos", disse Morrison.

Por sua vez, Allen destacou que os novos produtos da Jeep estão enraizados em seu passado.

"Somos a única marca que faz isto. Todos os Jeep que produzimos têm um componente do nosso primeiro Jeep. Desde a grade de ranhuras aos arcos trapezoidais das rodas", disse.

"Em termos de estilo, voltar ao primeiro veículo de uma marca que nunca teve a intenção de ser uma marca, e utilizar essas ideias... muito pouca gente, de fato ninguém mais faz isso", frisou.

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