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JBS se reestrutura e cria nova empresa internacional

A JBS anunciou, na noite de quarta-feira, a criação de uma nova empresa internacional, a JBS Foods International


	JBS: empresa lidera o ranking das brasileiras com mais presença no cenário global
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

JBS: empresa lidera o ranking das brasileiras com mais presença no cenário global (Paulo Fridman/Bloomberg)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 11 de maio de 2016 às 20h56.

São Paulo — A JBS anunciou, na noite de quarta-feira, a criação de uma nova empresa internacional, a JBS Foods International. A nova empresa será detentora dos negócios da JBS S.A. no exterior e da Seara Alimentos e deverá ter ações negociadas na Bolsa de Nova York.

“Já somos uma empresa global mas estamos nos estruturando para ser ainda mais globais”, disse a EXAME Tarek Farahat, presidente global de marketing e inovação da JBS.

“A presença da JBS na NYSE ampliará o acesso da companhia aos mercados financeiros internacionais, melhorando a liquidez de suas ações, com perspectiva de redução do seu custo de capital”, afirma um comunicado da empresa.

No Brasil, a JBS S.A. passa a chamar-se JBS Brasil e segue com ações negociadas na BM&FBovespa. Essa empresa manterá, no país, os negócios de carne bovina, biodiesel, colágeno e transportes, entre outros, além da divisão global de couros.

O anúncio chega depois de um ano de queda no valor de mercado da JBS. Um ano atrás, suas ações eram negociadas por cerca de 17 reais cada. Nesta semana, o preço ficou abaixo dos 9 reais por ação. 

A empresa vai divulgar nesta quinta-feira seus resultados do primeiro trimestre. Há expectativa de que a empresa registre perda bilionária com contratos de câmbio.

Segundo a JBS, as operações da Seara e da JBS Brasil continuam sob o comando da equipe atual. O grupo tem 125 mil funcionários no país.

O Grupo JBS continuará sendo controlado por capital brasileiro, tendo como acionista majoritário a J&F Investimentos. A sede será mantida em São Paulo e Wesley Batista permanece na posição de CEO Global.

A restruturação foi submetida à aprovação do Comitê de Aquisições e Fusões, entidade privada que atesta o tratamento justo dado aos acionistas em operações desse tipo.

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