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JBS confirma investigação da PF, mas nega adulteração

Em novo comunicado na noite desta sexta-feira, a empresa afirmou que "não há menção a irregularidades sanitárias da JBS"

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Reuters

Publicado em 17 de março de 2017 às 21h35.

Última atualização em 18 de março de 2017 às 07h53.

São Paulo - A JBS confirmou nesta sexta-feira que a operação deflagrada pela Polícia Federal para desarticular uma organização que pagaria propina para a liberação de mercadorias sem fiscalização incluiu três unidades produtivas da companhia, mas afirmou que adota no Brasil e no mundo rigorosos padrões de qualidade.

A PF lançou nesta sexta-feira uma operação em seis Estados e no Distrito Federal com o objetivo de desarticular organização criminosa formada por fiscais agropecuários federais e cerca de 40 empresas.

A PF afirmou que entre as empresas estão as gigantes JBS e BRF, acusadas de pagamento de propina para a liberação de mercadorias sem fiscalização.

De acordo com um primeiro comunicado da JBS divulgado mais cedo nesta sexta-feira, foram alvo de busca duas unidades que ficam no Paraná e outra em Goiás.

Na unidade da Lapa (PR), a empresa informou que houve medida judicial expedida contra um médico veterinário, funcionário da companhia, cedido ao Ministério da Agricultura.

A JBS informou ainda que não há nenhuma medida judicial contra os seus executivos, bem como que sua sede não foi alvo da operação.

Já em novo comunicado na noite desta sexta-feira, a JBS afirmou também que "no despacho da Justiça, não há menção a irregularidades sanitárias da JBS".

Porém, o juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14a Vara Federal de Curitiba, responsável por autorizar a operação desta sexta-feira, afirma no despacho da operação que há "inúmeros indícios" de um funcionário do grupo "oferecendo/entregando a servidores públicos do Ministério da Agricultura produtos alimentícios e dinheiro em troca da emissão de certificados, sem a realização de fiscalização necessária à venda e exportação de produtos da empresa Seara Alimentos".

A Seara é uma das marcas do grupo JBS.

De acordo com a PF, as investigações da chamada operação Carne Fraca, a maior já realizada pelos policiais federais, apontaram que os fiscais recebiam propina para emitir certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva.

Um dos exemplos de fraude era o uso de substâncias capazes de ocultar odores de carnes estragadas que foram comercializadas.

"A JBS e suas subsidiárias atuam em absoluto cumprimento de todas as normas regulatórias em relação à produção e à comercialização de alimentos no país e no exterior e apoia as ações que visam punir o descumprimento de tais normas", afirmou a gigante de alimentos no primeiro comunicado.

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