Aves em granja: JBS não pretende crescer neste mercado no Brasil (Julio Bernardes)
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2011 às 13h12.
São Paulo - A empresa tornou-se a maior processadora de carne bovina do mundo, ao adotar uma agressiva estratégia de aquisições de frigoríficos no Brasil e no exterior. Seguir o mesmo modelo no setor de aves aqui no Brasil, porém, não está nos planos da companhia, mesmo após a aquisição da Pilgrim’s Pride, uma das maiores processadores de aves dos Estados Unidos.
"Não é nosso foco", disse Wesley Batista, presidente da JBS. Nos próximos anos, a empresa estará focada em crescimento orgânico e em expandir o negócio em produtos de maior valor agregado. A empresa não está olhando negócios no Brasil e não tem planos nesse sentido para esse ano, segundo Batista.
Carne de luxo
Tendo em vista o cenário propício ao consumo de produtos de maior valor agregado no Brasil, Batista destacou que a empresa já opera com algumas marcas, mas trabalha na entrada da marca Swift Black no país.
O produto já circula por aqui em proporção pequena. "Vamos crescer nele, é um nicho de mercado. Não é para grandes volumes". Nessa produção de carnes premium, a JBS tipifica a carcaça internamente "apesar de aqui não haver um sistema como nos Estados Unidos", segundo Batista.
Mercosul
A JBS Mercosul aumentou em 100.000 os clientes de distribuição direta em 2010. "Temos expandido de forma significante a distribuição no Brasil. Nós esperamos (em 2011) operar melhor que em 2010", disse Wesley Batista. A distribuição representou quase 1% na margem ebitda. "Acreditamos que há espaço para agregar margem no nosso negócio vendendo mais direto e expandindo a distribuição", disse.